BANCO CENTRAL VAI REDUZIR CUSTO DO CARTÃO DE DÉBITO PARA O COMÉRCIO

Emissor do cartão de débito terá redução na sua remuneração, diz BC.
Diretor do Banco admitiu que mercado de cartões de crédito é mais complexo que o de de débito, por isso a tarifa de intercâmbio nos cartões de crédito não foi limitada neste momento.

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Reinaldo Le Grazie, afirmou nesta segunda-feira, 26, que, com a limitação da tarifa de intercâmbio anunciada nesta data, as instituições emissoras de cartões de débito terão uma redução na sua remuneração, com ganhos para os estabelecimentos comerciais. “Acreditamos que essa redução será repassada ao consumidor em função da competição no mercado pelos estabelecimentos comerciais”, repetiu.

Le Grazie admitiu que o mercado de cartões de crédito é mais complexo que o de cartões de débito, por isso a tarifa de intercâmbio nos cartões de crédito não foi limitada neste momento. “Vamos continuar acompanhando esse mercado, mas precisamos de mais informações sobre esse segmento”, afirmou.

O diretor também reconheceu dificuldades em implementar medidas sobre o prazo de liquidação das operações, sobretudo no cartão de crédito, que é baseada em prazos longos. “Gostaríamos que o mercado trouxesse sugestões para prazos mais curtos”, afirmou, acrescentando que essa transição para prazos menores deve ser gradual.

Le Grazie citou o “parcelado lojista”, que é um crédito dado pelo varejista, que precisa buscar esse crédito depois. “O parcelado lojista é uma operação brasileira que é muito importante no varejo e vai continuar”, completou.

Segundo ele, o próprio setor tem oferecido alternativas de financiamento aos consumidores com prazos mais curtos. “Quando o consumidor tem mais alternativas o BC acompanha isso com felicidade”, avaliou.

O Banco Central lançou um pacote de ações para tentar reduzir o custo das transações do cartão de débito e também aumentar a eficiência dos meios de pagamento no varejo. A principal medida limita a tarifa de intercâmbio que é paga pelo credenciador do estabelecimento comercial ao emissor do cartão de débito. Outra medida simplifica e dá mais agilidade para que novas empresas entrem no segmento de arranjos de pagamento.

Questionado pelos jornalistas, ele respondeu que o BC não tem medidas em relação ao cheque especial. De acordo com Le Grazie, no entanto, a Febraban deve apresentar em abril um novo modelo de negócios para o cheque especial que não depende de uma medida da autoridade monetária.

Competição

O diretor de Política Monetária do Banco Central disse que a competição no mercado de cartões de débito tem feito as tarifas caírem – principalmente a taxa de desconto -, mas a taxa de intercâmbio tem variado menos. A tarifa de intercâmbio será limitada pelo BC a partir de 1º de outubro deste ano. “Essa tarifa é mais rígida mesmo no mundo todo. Há modelos variáveis sobre a taxa de intercâmbio em outros países”, afirmou.

Le Grazie repetiu que bancos deverão ter redução de 40% na remuneração por taxa de intercâmbio, já que a tarifa cobrada atualmente será limitada a um patamar 40% menor.

Segundo Le Grazie, a autoridade monetária acredita que as operações com cartão de débito têm espaço para crescer no interior do País, mas também na periferia das grandes cidades brasileiras.

Fonte: http://www.dci.com.br/…/emissor-do-cart-o-de-debito-tera-re…

SÃO PAULO CONTINUA COMO CIDADE MAIS EMPREENDEDORA DO PAÍS

São Paulo lidera ranking de cidades empreendedoras; Rio e Curitiba avançam, e estudos da Endeavor mostra evolução expressiva da capital fluminense e da paranaense.

SÃO PAULO – A cidade de São Paulo segue liderando o Índice de Cidades Empreendedoras (ICE) no Brasil, mas houve movimentações expressivas no ranking ao longo de 2017. A 5ª edição do estudo conduzido pela Endeavor, organização internacional de apoio ao empreendedorismo de impacto, mostra a evolução do Rio de Janeiro, que saltou da 14ª colocação para a 6ª posição. Ainda mais em evidência no ecossistema empreendedor está Curitiba, que subiu 11 postos e alcançou o 4º lugar.

Atrás de São Paulo estão Florianópolis, que já estava na 2ª posição no ranking anterior, e Vitória. Todas as dez primeiras cidades no estudo são das regiões Sul e Sudeste, enquanto as dez últimas colocadas se concentram na regiões Norte e Nordeste.

O levantamento considera 32 cidades de 22 estados do País. Essas cidades representam cerca de 40% do Produto Interno Bruto (PIB) e são avaliadas em mais de 50 critérios, organizados em sete pilares: acesso a capital, ambiente regulatório, capital humano, cultura empreendedora, infraestrutura, inovação e mercado.

O salto da capital fluminense se deu principalmente pela evolução no pilar Infraestrutura, que considera o transporte interurbano e as condições urbanas. A cidade subiu 13 posições em relação ao ano anterior e agora se encontra atrás somente de São Paulo e Sorocaba (SP).

Em Curitiba, houve melhora significativa em dois aspectos: ambiente regulatório, subindo 21 posições em relação à edição anterior, e capital humano, saltando da 7ª para a 3ª colocação. Entre as 32 cidades, a região conta com o maior índice entre os adultos com pelo menos ensino médio completo e também com a maior taxa de alunos matriculados no ensino médio na idade certa, entre 15 e 17 anos.

No quesito ambiente regulatório, a região Nordeste está em destaque. Aracaju, primeira colocada em 2016, permanece nesta posição. O grande destaque foi Fortaleza, que saiu da 32ª posição para a segunda. Este indicador considera itens como os prazos para abrir uma empresa e para regularizar um imóvel.

O avanço de Fortaleza se deu principalmente por conta da adoção do Alvará de Construção Online, emitido pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma) em sua plataforma. Pela internet, o empreendedor pode conseguir a liberação imediata de alvarás, no caso da construção de empreendimentos com até 750 metros quadrados.

CRÉDITO PARA MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL AUMENTA E INADIMPLÊNCIA CAI

O valor concedido aos microempreendedores individuais (MEI) cresceu desde o início de 2017, passando de R$ 1,5 bilhões para R$ 1,7 bilhões ao longo de 2017 – uma alta de 5,4% em relação ao trimestre anterior. Os dados, frutos da parceria entre o Banco Central e o Sebrae, apresentam um conjunto de dados inéditos sobre as condições de crédito para o MEI. A pesquisa ainda aponta que as taxas de inadimplência alcançaram o menor nível da série, chegando a 12,6% no final de 2017. Enquanto as taxas de juros também caíram, atingindo 63% no último trimestre, apesar de permanecerem em um nível elevado.

“Muitos desses empreendedores precisam evoluir na gestão financeira dos seus negócios, muitos ainda se encontram em situação primária – o que mostra que ainda podemos evoluir muito na capacitação, com cursos de educação financeira”, observa Guilherme Afif Domingos, presidente do Sebrae.

Quando se analisa a distribuição geográfica das operações de crédito, verifica-se que ela segue a própria distribuição dos microempreendedores individuais pelo país, que estão concentrados nas regiões Sudeste e Sul do país. Em conjunto, essas regiões são responsáveis por mais de 70% do total de operações de crédito e também dos valores emprestados.

A pesquisa utiliza dados de quantidade de operações, valores das concessões de crédito, taxas de juros e taxas de inadimplência detalhados por origem dos recursos, unidade da federação e modalidades de crédito para o Microempreendedor Individual. As informações coletadas pelo Banco Central junto ao Sistema Financeiro Nacional estão disponibilizadas ao público pela equipe do Sebrae Nacional por meio do painel “Panorama Nacional das Condições de Crédito – MEI 2016 – 2017”.

Fonte:https://www.ultimoinstante.com.br/…/credito-pa…/237316/junto

MICRO E PEQUENAS EMPRESAS MANTÊM CENÁRIO POSITIVO MESMO COM REFLEXOS DA CRISE FINANCEIRA.

Micro e pequenas empresas são uma potência no mercado nacional. Elas representam 27% do Produto Interno Bruto (PIB) e devem, segundo estudo do Sebrae, chegar até 17,7 milhões de empreendimentos até 2022. Porém, analisados de perto, outros números das MPEs (Micro e Pequenas Empresas) sinalizam pontos a serem observados. De acordo com o levantamento recente do Serasa Experian, eram mais de 5 milhões de micro e pequenas empresas inadimplentes em junho desse ano, o equivalente a um crescimento de 9,5% com relação ao mesmo mês de 2017. O número chama a atenção principalmente por se tratar dos portes de empresas que mais contratam com a economia em alta e as que menos demitem quando o cenário está em recessão. Conforme estudo do IBGE, chegou a 50,1% a porcentagem de contratados por pequenos negócios com relação às médias e grandes empresas. O Ministério do Trabalho também indicou recentemente que em março desse ano os empregos gerados por microempresas chegaram a 84% do total de carteira assinada. No entanto, com o crescimento constante a cada mês de negativados, o número de empresas no vermelho poderá representar uma parcela significativa.

Segundo o country manager da Intuit no Brasil, Lars Leber, parte das MPEs que estão negativadas pode ter tido dificuldades por conta da crise na economia nacional, com o aumento dos custos para aquisição de matéria-prima, produção etc., ou pela greve dos caminhoneiros, em maio deste ano, que impediu a distribuição de diversos produtos para abastecimento de estoque. “É fundamental que os empresários que estão com dificuldades façam uma revisão do planejamento financeiro das suas empresas. Com as contas no vermelho, o controle financeiro é ainda mais importante para impedir que os números voltem a cair”, indica Lars.

Um exemplo de empresa que conseguiu ultrapassar a crise econômica e os dois primeiros anos que são considerados os mais difíceis, foi a VMAQ. A empresa de representação e assistência técnica de máquinas industriais tecnológicas já soma mais de sete anos de existência e passou de um negócio regional para atender outros estados. Dirigida por Valmir Fontolan (51), à frente da área técnica, e seu filho Wesley Fontolan (30), cuidando das questões administrativas, a empresa agora pretende agregar novas marcas ao seu portfólio.

O crescimento consistente é resultado do empenho dos sócios durante os anos e também de uma organização financeira, cada vez mais elaborada, possibilitando o planejamento de metas para a empresa. “Como a nossa empresa tinha duas frentes de trabalho – com a prestação de serviços e a comercialização de peças – isso demandava dois caixas, e fazer o controle financeiro dessa maneira era mais difícil com papéis e cadernos”, conta Wesley. O QuickBooks – sistema de gerenciamento financeiro da Intuit voltado para MPEs – trouxe praticidade e inteligência para a VMAQ, com relatórios automatizados para o acompanhamento da saúde financeira do negócio.

Se ater ao acompanhamento de transações, contas a pagar e a receber, bem como controle de estoque, faz com que os empresários possam focar no que gera mais lucro à sua companhia e elencar prioridades. “Identificar os pontos fortes do seu negócio pode ser o que vai fazer a diferença no saldo final do mês. Além disso, agendar alertas para o pagamento das tributações em dia evita maiores dores de cabeça e gastos desnecessários, que fazem a diferença em tempos de crise”, conclui Lars Leber.

Apesar da conjuntura econômica, o cenário continua propício para micro e pequenas empresas. No Brasil, dentre os negócios mais promissores no ano de 2018 estão os setores alimentícios, beleza e serviços, cosméticos, calçados, vestuários etc. Representando 98,5% das empresas brasileiras, segundo o Sebrae, as MPEs reafirmam a sua relevância e mostram que é possível se manter e, ainda, crescer.

FONTE: https://exame.abril.com.br/negocios/dino/micro-e-pequenas-empresas-mantem-cenario-positivo-mesmo-com-reflexos-da-crise-financeira/