Confiança dos empresários atinge maior nível desde março de 2014, diz FGV.

A confiança dos empresários subiu 1 ponto em dezembro para 95,9 pontos, maior nível desde março de 2014, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (2). No último trimestre do ano, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 1,9 ponto.

O resultado foi impulsionado pela percepção do momento presente. O Índice de Situação Atual, subiu 1,1 ponto, para 91,2 pontos, maior valor desde junho de 2014 (92,8 pontos). Já o Índice de Expectativas (IE-E), avançou 0,2 ponto, para 101,0 pontos. É segundo mês consecutivo em que o IE-E ultrapassa o nível de 100 pontos.

Segundo o superintendente de Estatísticas Públicas da FGV IBRE, Aloisio Campelo Jr., depois de três altas consecutivas, a confiança se aproxima “de níveis que retratam uma situação de normalidade”.

Em nota, o economista pondera que apesar do avanço mais significativo do índice que retrata a situação atual, a “distância ainda superior a 15 pontos entre ISA e IE no Comércio e na Construção sugere que os ganhos recentes da confiança devem ser explicados por uma efetiva melhora gradual do ambiente econômico, mas também pelo efeito favorável do fim do período eleitoral sobre as expectativas”.

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.

Difusão
Em dezembro, houve alta da confiança em 65% dos 49 segmentos que integram o ICE. No mês passado, a disseminação de alta havia alcançado 84% dos segmentos.

Para a edição de novembro de 2018, foram coletadas informações de 4.701 empresas entre 03 e 21 de dezembro.

Fonte: https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/01/02/confianca-dos-empresarios-atinge-maior-nivel-desde-marco-de-2014-diz-fgv.ghtml

Mercado financeiro mantém projeção para o crescimento do PIB em 2019

As primeiras projeções do mercado financeiro divulgadas no governo de Jair Bolsonaro (PSL) mostram que não há muita mudança nas perspectivas para o crescimento econômico do País.

A mediana das expectativas das instituições financeiras para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2019 passaram de 2,55%, no último Boletim Focus do Banco Central (BC) do ano passado, para 2,53%, na divulgação de ontem.

Analistas consultados afirmam que a previsão do mercado considera que a reforma da Previdência Social seja aprovada este ano. Além disso, destacam que dificilmente, o PIB cresça acima de 2,5%.

“Teríamos que estar em um cenário muito positivo”, diz Victor Candido, economista-chefe da Guide Investimentos. “O desemprego, por exemplo, está muito elevado e ele vai demorar para cair. A criação de emprego vem depois que a atividade econômica começa a crescer. Existe uma defasagem”, acrescenta.

Por conta disso, Candido explica que o consumo das famílias, que responde por 63,4% do PIB, não deve surpreender positivamente este ano. As despesas do governo, por sua vez, que são 20% do PIB, também não irão registrar muita expansão, tendo em vista o cenário de restrição fiscal. “O único motor da economia, portanto, será os investimentos, que dependem da confiança das empresas”, diz Candido.

A projeção de PIB do analista está em linha com a mediana do mercado (2,5%), sendo que o piso é de 1%. Isso significa que se a economia não crescer este ano, já temos uma herança estatística positiva de 1% oriunda de 2018.

Reformas

A confiança, por sua vez, depende do andamento das reformas, tanto no Congresso Nacional, como as infraconstitucionais (que não precisam de aprovação no Congresso) avalia o economista da Modalmais, Alvaro Bandeira.

Na avaliação de Bandeira, é preciso ter celeridade na aprovação das reformas para que a atividade econômica volte a reagir de forma mais rápida. “Quanto mais cedo e mais profunda for a aprovação da reforma da Previdência Social, mais segurança jurídica você cria, o que, consequentemente, encoraja as empresas a investirem”, comenta Alvaro Bandeira.

De acordo com o economista da Modalmais, o mais acertado seria aprovar a reforma que já está no Congresso, formulada durante o governo de Michel Temer (MDB).

Já na leitura do economista do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Lauro Chaves Neto, veremos mudanças mais significativas nas projeções a partir de fevereiro, período que o Congresso volta às suas atividades. Na avaliação de Chaves, mesmo com uma aprovação da reforma da Previdência este ano, efeitos mais significativos nos investimentos serão vistos em 2020.

“Existe uma defasagem entre a melhora da confiança e quando o empresário começar a investir, contratar mais de mão de obra”, diz Chaves.

Já em relação ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do País, a mediana das expectativas do mercado ficou estável: alta de 4,01% para 2019 e de 4,00% para 2020.

Diante de uma inflação baixa e de uma fraca atividade econômica, o mercado cortou a projeção para a taxa básica de juros (Selic) de 2019 de 7,13%, para 7,00% ao ano. Há um mês, estava em 7,50%.

Já a projeção para a Selic no fim de 2020 seguiu em 8,00%.

Fonte: http://www.sinfacsp.com.br/noticia/mercado-financeiro-mantem-projecao-para-o-crescimento-do-pib-em-2019-dci

Otimismo: micro e pequenos empresários planejam ampliar vendas e investimentos

Após um cenário turbulento na economia e na política, micro e pequenos empreendedores, inclusive os mineiros, estão otimistas e apostam em um 2019 bem melhor que este ano. Pesquisa divulgada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) aponta sete em cada dez empresários mais esperançosos com a chegada do Ano Novo.

No levantamento, empreendedores listaram a corrupção, as altas taxas de juros e o elevado índice de desemprego como os principais vilões para a economia neste ano.

“O resultado da eleição mostrou que o brasileiro, de um modo geral, não tolera mais a corrupção. E isso também se reflete nos pequenos negócios, que representam a grande força da nossa economia. Prova disso é que estes empresários apostam na mudança no governo e em crescimento de vendas para o próximo ano”, analisa o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.

“Essa crise está durando muito mais que outras, porque, além do problema econômico e político, há a crise moral junto. Acredito que o primeiro motivo para o otimismo com a economia é o fato de a crise política estar minimizada, porque já passamos a eleição e o mercado acalmou”, avalia Sônia Jordão, consultora de empresas e coach empresarial de finanças.

Segundo ela, como nesses últimos anos todo mundo ficou com maior receio de perder o emprego, a tendência foi segurar mais o dinheiro.
“Quando começam a falar que as coisas vão melhorar, ocorre o inverso e as pessoas voltam a consumir e as empresas passam a investir mais”, diz.

Sócio-diretor da galeria Periscópio Arte Contemporânea, no bairro de Lourdes, em Belo Horizonte, Rodrigo Mitre já faz uma projeção otimista para o ano que vem.

“A expectativa é de crescimento entre 40% e 50% do faturamento em comparação a 2018. Claro, somos uma empresa ainda muito jovem, entrando no quarto ano de vida, mas com um trabalho se consolidando no mercado nacional”.

Mitre afirma que está na fase da construção do valor da Periscópio, mas que as possibilidades para 2019 são realmente de crescimento.

“Estamos investindo muito em pesquisas na área da comunicação digital. A ideia é ampliar nossas vendas via redes sociais e plataformas digitais. Outra questão são novas praças fora de Belo Horizonte. Já somos bem conhecidos em São Paulo e queremos agora começar a entender nossa aderência em regiões como Rio de Janeiro e Brasília”, conta.

Ângela Mathylde, diretora da clínica Aprendizagem e Companhia, especializada em prevenção, reabilitação e desenvolvime[/TEXTO]nto pessoal ou profissional, atribui à crise a queda na receita da empresa em 2018.

“Neste ano, faturamos 50% apenas do que foi registrado em 2017. Antes, por mês, eram cerca de R$ 200 mil a R$ 300 mil. Já neste ano, a receita por mês foi em média de R$ 100 mil”, disse .

Com unidades em Belo Horizonte e em Betim, na região metropolitana, a diretora da clínica vê perspectivas de um mercado mais seguro em um futuro próximo e indica os rumos para voltar a crescer em 2019.

“As parcerias são fundamentais nesse processo. Agora a clínica vem trazendo um laboratório de pesquisa que vai fazer atendimento de qualidade a baixo custo para a sociedade. Outra coisa são parcerias com faculdades nacionais e internacionais, trazendo mestrado, doutorado e formação a um custo acessível. Também vamos continuar a investir na formação e capacitação dos profissionais”.

Fonte: https://www.hojeemdia.com.br/primeiro-plano/otimismo-micro-e-pequenos-empres%C3%A1rios-planejam-ampliar-vendas-e-investimentos-1.682580