Confiança do comércio sobe para 87,3 pontos em maio, maior nível desde outubro, diz FGV/Ibre

O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) do FGV/Ibre subiu 3,7 pontos em maio, para 87,3 pontos, registrando o maior valor desde outubro de 2022 (98,0 pontos). Em médias móveis trimestrais houve alta de 0,5 ponto, o segundo resultado positivo consecutivo, embora o indicador venha oscilando em torno do patamar de 85 pontos.

Segundo Rodolpho Tobler, economista do FGV/Ibre, a alta no mês decorre do resultado mais favorável sobre a situação atual e da redução do pessimismo sobre os próximos meses. “Apesar da recuperação no momento, o comércio ainda não recuperou tudo o que foi perdido na virada de 2022 para 2023”, comentou em nota.

Para Tobler, a expectativa para os próximos meses é de continuidade desse momento mais morno para o setor, pelo menos até que se tenha mais sinalizações positivas da confiança do consumidor e do ambiente macroeconômico.

A queda do ICOM em maio foi disseminada em 4 dos 6 principais segmentos do setor e nos dois horizontes temporais.

O Índice de Situação Atual (ISA-COM) subiu 2,7 pontos para 90,1 pontos, maior valor desde outubro de 2022 (102,3 pontos).

Já o Índice de Expectativas (IE-COM) avançou 4,8 pontos, para 85,1 pontos, recuperando parte da queda do mês anterior (-7,0 pontos em abril de 2023).

FONTE: https://www.infomoney.com.br/economia/confianca-do-comercio-sobe-para-873-pontos-em-maio-maior-nivel-desde-outubro-diz-fgv-ibre/

Abertura de micro e pequenas empresas bate recorde no primeiro trimestre

As micro e pequenas empresas (MPE), aquelas que faturam entre R$ 81 mil e R$ 4,8 milhões por ano, bateram recorde de abertura no primeiro trimestre de 2023 e aumentaram a participação na quantidade de pequenos negócios que englobam, além dessas duas faixas, os microempreendedores individuais (MEI).

Apenas nos três primeiros meses desse ano foram criadas 214.413 micro e pequenas empresas. O número é 9,2% superior ao de 2022, quando foram abertas 196.328, e 60,8% maior que em 2019, quando foram registradas 113,4 mil formalizações.

Com esse aumento, as MPE também aumentaram a participação no grupo de pequenos negócios e passaram a representar 21,2%. Em 2022, elas correspondiam a 19,2% e, em 2019, 17,5%.

“Os microempreendedores individuais continuam sendo a grande maioria, mas esse resultado do primeiro trimestre mostra uma melhoria na qualidade do empreendedorismo e reflete uma confiança melhor dos empreendedores na economia brasileira”, diz o presidente do Sebrae, Décio Lima.

Os microempreendedores individuais representaram 798.826 (78,8%) dos negócios abertos no primeiro trimestre desse ano, mas tiveram uma leve queda de abertura e, consequentemente, redução na participação quando comparado com o mesmo período do ano passado, quando foram registradas 823.244 (80,74%) de formalizações.

Essa redução fez com que o número de pequenos negócios em geral, abertos nos três primeiros meses, apresentasse uma ligeira queda de 0,6%, caindo de 1.019.572, no ano passado, para 1.013.239, nesse ano.

Quando analisados os setores, dentre as 1.013.239 empresas abertas no primeiro trimestre de 2023, Serviços obteve maior número com 584.166 novas empresas (57,7%), seguido de Comércio com 268.092 (26,5%), Indústria com 79.920 (7,9%), Construção Civil com 73.440 (7,2%) e Agropecuária com 7.621 (0,8%).

Sudeste lidera o crescimento

O estado de São Paulo teve o maior número, com 291.144 novas empresas (28,7%), seguido por Minas Gerais, com 110.126 (10,8%), e Rio de Janeiro com 83.193 (8,2%).

Quais atividades mais cresceram?

Dentre as dez classes de CNAE com maior número de abertura de MEI, a maioria é do setor de Serviços (8 classes, 304.372 empresas, 38,1% do total), sendo uma do setor de Comércio (38.911 empresas, 4,9% do total) e outra do setor de Construção Civil (30.283 empresas, 3,8% do total).

A classe nomeada “Cabeleireiros e outras atividades de tratamento de beleza” é a maior, correspondendo a 52.650 empresas (6,6%) do total de MEI, seguido das “Atividades de publicidade não especificadas anteriormente” com 48.807 empresas (6,1%) e “Atividades de ensino não especificadas anteriormente” com 41.979 empresas (5,3%).

As 10 maiores classes de CNAE correspondem a 46,8% da abertura total de MEI.

Entre as MPE, das 10 classes CNAE com maior número de novas empresas abertas, Serviços foi o mais encontrado nesse top 10 (9 classes, 65.226 empresas, 30,4% do total), enquanto o setor de comércio aparece apenas 1 vez (5.510 empresas, 2,6% do total).

As 10 maiores classes de CNAE em relação à abertura de MPEs correspondem a 33% do total. A atividade com maior número de formalizações foi a de “Atividades de atenção ambulatorial executadas por médicos e odontólogos” com 13.147 (6,1%), seguida pela de “Serviços combinados de escritório e apoio administrativo” com 10.032 (4,7%) e “Atividades de profissionais da área de saúde exceto médicos e odontólogos” com 9.520 (4,4%).

FONTE: https://exame.com/negocios/abertura-de-micro-e-pequenas-empresas-bate-recorde-no-primeiro-trimestre/

Primeiro trimestre de 2023 reflete bom desempenho das micro e pequenas indústrias

No primeiro trimestre de 2023, as micro e pequenas empresas (MPEs) tiveram desempenho positivo. O resultado foi acima da média esperada para o período. E também acima da média histórica. Os dados são do Panorama da Pequena Indústria, uma pesquisa trimestral da CNI (Confederação Nacional da Indústria).

No primeiro trimestre de 2023, o Índice de Desempenho das Indústrias de Pequeno Porte registrou média de 44,0 pontos, resultado que pode ser considerado positivo quando comparado ao desempenho médio para primeiros trimestres (42,6 pontos) e mesmo quando comparado à média histórica (43,8 pontos).

A analista de Políticas e Indústria da CNI, Paula Verlangeiro, explica que o índice do primeiro trimestre foi puxado por março, que registrou 46,6 pontos. “O primeiro bimestre (janeiro e fevereiro) normalmente são meses mais desacelerados então março veio mais positivo e acabou puxando esse resultado do trimestre pra cima”. Ela acrescenta que o Índice de Desempenho analisa as questões de produção, número de empregados e a utilização da capacidade instalada dos industriais.

Para o economista Fernando Carvalho Dantas, isso se deve possivelmente aos efeitos dos últimos meses do ano de 2022, que, segundo ele, foram muito bons para o setor. Dantas reforça que as pequenas indústrias desempenham um papel fundamental na economia brasileira. “Elas se integram em cadeias produtivas que normalmente se compõem de outras empresas que geram um efeito multiplicador e que acabam sendo bastante importante na geração de riquezas para o país”.

O presidente da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa, deputado Jorge Goetten (PL-SC), acredita que o cenário relativamente positivo vai além. “Vários fatores contribuíram para a melhora no desempenho, como o espírito empreendedor do brasileiro no comércio, na indústria e em outros setores e a retomada das atividades pós-pandemia, que possibilitaram o aquecimento da economia permitindo que o dinheiro voltasse a circular.”

Sobre o Panorama da Pequena Indústria

O Panorama da Pequena Indústria elenca quatro indicadores: desempenho, situação financeira, perspectivas e índice de confiança. Todos os índices variam de 0 a 100 pontos. Quanto maior ele for, melhor é a performance do setor.

A composição dos índices leva em consideração itens como volume de produção, número de empregados, utilização da capacidade instalada, satisfação com o lucro operacional, situação financeira, facilidade de acesso ao crédito, expectativa de evolução da demanda e intenção de investimento e de contratações. Além disso, a pesquisa também traz o ranking dos principais problemas enfrentados pelas MPEs em cada trimestre.

A pesquisa é divulgada trimestralmente com base na análise dos dados da pequena indústria levantados na Sondagem Industrial, na Sondagem Indústria da Construção e no Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI). Todos os meses, as pesquisas ouvem cerca de 900 empresários de empresas de pequeno porte.

Fonte: Brasil 61 – https://brasil61.com/n/primeiro-trimestre-de-2023-reflete-bom-desempenho-das-micro-e-pequenas-industrias-pind233965