Confiança da indústria está no pior nível desde o auge da pandemia

A confiança da indústria está no pior nível desde julho de 2020, auge da pandemia, conforme constatou a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada nesta sexta-feira (10).

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) registrou 49,9 pontos em março e migrou para a zona de falta de confiança. O resultado é 0,7 ponto menor do que o registrado no mês anterior, quando o ICEI apresentou uma leve recuperação e interrompeu uma série de baixas do índice.

A queda atual é explicada pela piora da avaliação das condições atuais da economia brasileira e das empresas.

A pesquisa varia de 0 a 100, com uma linha divisória de 50 pontos. Os valores abaixo desse corte indicam desconfiança. Foram entrevistadas 1.396 empresas, sendo 559 de pequeno porte, 510 de médio porte e 327 de grande porte entre 1º e 7 de março de 2023.

O gerente de Análise Econômica, Marcelo Azevedo, explica que o índice está abaixo, mas bem próximo de 50 pontos. Desta forma, a falta de confiança não está intensa nem disseminada. No entanto, entre os componentes do ICEI, o Índice de Condições Atuais recuou 1,7 ponto para 44,2 pontos entre fevereiro e março.

“Em relação às condições atuais, há uma percepção de piora mais forte e disseminada da indústria sobre a economia brasileira e as empresas. A avaliação dos empresários sobre as condições atuais é a mais negativa desde julho de 2020. Naquele mês, o índice registrou 34,5 pontos, pois a confiança do empresário seguia abalada pela crise causada pela pandemia de covid-19”, explica Marcelo Azevedo.

O Índice de Expectativas ficou praticamente estável com uma variação de -0,2 ponto para 52,7 pontos. É importante notar que esse otimismo dos empresários se manifesta somente com relação às suas próprias empresas (56,1 pontos), enquanto em relação à economia brasileira há pessimismo (46,0 pontos).

FONTE: https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/ttc-brasil/cni-confianca-da-industria-esta-no-pior-nivel-desde-o-auge-da-pandemia

Pequenas indústrias têm mais dificuldade no acesso a crédito

Pequenas indústrias têm mais dificuldade no acesso a crédito.

Donos de pequenos negócios do setor da indústria são os que têm a pior avaliação sobre a obtenção de empréstimos no país, de acordo com a Sondagem das Micro e Pequenas Empresas, realizada pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), em parceria com a FGV (Fundação Getúlio Vargas),

Apesar da percepção de melhoria de acesso ao crédito ter crescido, quase 33% dos donos de micro e pequenas indústrias consideram o grau de exigência para concessão ou renovação de empréstimos bancários alto, 57,3% moderado e apenas 10% acreditam que é baixo.

Por essa razão, para o Sebrae é importante o desenvolvimento de políticas públicas que facilitem o uso de garantias, como é o caso do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), que voltou a vigorar neste mês.

Pronampe

Criado no ano passado para ajudar micro e pequenas empresas afetadas pela pandemia de covid-19, o Pronampe tornou-se permanente em 2021, mas o volume que pode ser emprestado depende da quantia injetada no FGO (Fundo Garantidor de Operações), que cobre os eventuais calotes dos tomadores de empréstimos. Nos primeiros dez dias de funcionamento, o programa já emprestou 40% dos recursos.

Já os empreendedores do setor de serviços, apesar de serem um dos mais afetados pela pandemia e com grande parte do faturamento reduzido, veem o acesso a crédito de uma forma mais positiva. Segundo o Sebrae, para 25,6% deles as exigências são altas e 14,6% consideram baixas. Para 59,8%, as exigências são normais.

No caso do comércio, para 75,7% dos empresários as exigências são normais, o que, na visão do Sebrae, pode estar associado ao uso mais tradicional de montantes menores e para capital de giro.

FONTE: https://noticias.r7.com/economia/pequenas-industrias-tem-mais-dificuldade-no-acesso-a-credito-21072021

MEIs crescem em meio à pandemia.

O Brasil deve registrar, em 2020, o maior nível de empreendedorismo de sua história. Impulsionados pela crise gerada pela pandemia do coronavírus, os brasileiros estão buscando na atividade empreendedora uma alternativa de renda. Com isso, uma estimativa feita pelo Sebrae (em sua pesquisa Global Entrepreneurship Monitor – GEM) aponta que aproximadamente 25% da população adulta estará envolvida, até o fim do ano, na abertura de um novo negócio ou com uma empresa com até 3,5 anos de atividade.

Os dados do Ministério da Economia confirmam essa tendência. Somente no primeiro semestre de 2020, o número de microempreendedores individuais (MEI) no País cresceu 10,2%, na comparação com o mesmo período do ano passado, chegando a 10,3 milhões de registros. Foram 892.988 novas formalizações nos seis primeiros meses do ano, um recorde histórico semestral, segundo dados do Portal do Empreendedor, do governo federal.

O Brasil tem atualmente mais de 17 milhões de pequenos negócios (7 milhões de micro e pequenas empresas e 10,9 milhões de MEI). Juntos, eles representam 99% de todas as empresas do país e são responsáveis por cerca 30% do PIB.

Dados do Ministério da Economia apontam que as empresas optantes do Simples Nacional geram mais da metade dos empregos formais (cerca de 55% do estoque de empregos formais) e participam de 44% da massa salarial. Um dado muito positivo, segundo o Sebrae, é que os pequenos negócios estão implementando inovação para enfrentar o contexto da crise imposto pela pandemia.

Segundo levantamento feito pelo Sebrae na última semana de agosto, as vendas online continuam em alta entre as micro e pequenas empresas que têm utilizado canais digitais, como as redes sociais, aplicativos ou internet como plataformas para comercialização de produtos e serviços.

Enquanto no levantamento feito no final de maio, 59% das empresas utilizavam esses canais, atualmente esse percentual já chega a 67%. Entre os empresários ouvidos, 16% passaram a vender por meio de ferramentas digitais a partir da chegada do coronavírus ao País.

A mesma série de pesquisas iniciada em março, mostrou que os pequenos negócios que estão com as dívidas em dia têm algumas características em comum: são aqueles que mais utilizavam vendas pelas redes sociais antes da pandemia (53%) e já usavam ferramentas digitais de gestão do negócio.

Ainda de acordo com as pesquisas do Sebrae, na última semana de agosto, 12% das Micro e Pequenas Empresas haviam efetuado contratações nos últimos 30 dias. Na mesma medida, vem caindo ao longo dos últimos meses o percentual de MPE que demitiram funcionários. No levantamento feito na primeira semana de abril, 18% das MPE haviam demitido. Na última pesquisa (agosto), esse percentual caiu para 8%.

O presidente do Sebrae, Carlos Melles, destaca que “o empreendedor brasileiro está dando uma incrível prova de resiliência e da sua capacidade de se adaptar, de se reinventar” em meio a crise do novo coronavírus. Ele complementa que: “Toda crise representa um desafio, mas pode ser também uma oportunidade para o empreendedor criar soluções inovadoras, que contribuam com o desenvolvimento e a profissionalização. As principais lições que a crise deixa são: a importância do planejamento, da qualificação da gestão e do investimento em inovação”.

A formalização permite a emissão de notas fiscais, aluguel de máquinas de cartão e acesso a empréstimos (com juros mais baratos), a venda dos produtos ou serviços para o governo e, é claro, tributação simplificada e menor do que a de médias e grandes empresas. O empresário é enquadrado no Simples Nacional e fica isento dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL).

Busca por ‘abrir MEI’ teve aumento de 222% em busca na internet

Pesquisa realizada pela empresa de marketing digital SEMrush aponta que o termo “abrir MEI” teve um aumento de 222% nas buscas no Google no mês de agosto de 2020, comparado ao mesmo mês no ano anterior. O crescimento é espelho do fenômeno de formalização deflagrado pela pandemia do novo coronavírus no Brasil, tendo em vista que número de microempreendedores individuais cadastrados no Portal do Empreendedor teve alta de 11,5% ante ao mesmo período do ano passado, o que é equivale a cerca de 84 mil novatos no empreendedorismo.

O levantamento da SEMrush mostra que março, mês em que a pandemia do novo coronavírus teve início no Brasil, registrou 74 mil buscas do mesmo termo, enquanto em agosto deste ano o dado pulou para 110 mil. Outros termos que tiveram 100% de aumento nas buscas no Google, segundo levantamento da SEMrush foram CNPJ, MEI, DAS MEI, CNPJ Receita, MEI boleto, consulta CNPJ, portal do MEI, busca ou cartão CNPJ, simples nacional MEI e situação cadastro MEI.

O contador e um dos fundadores do Easymei, aplicativo de auxílio e gestão focado em microempreendedores, Alexandre de Carvalho, explica que a busca reflete a dificuldade do empreendedor em abrir facilmente sua empresa e gerir seu negócio. “Ainda há falta de informação e processos muito burocráticos para abertura da empresa. Com isso, o mercado conta hoje com aplicativos que facilitam o processo e ajudam na abertura via internet, com o objetivo de auxiliar o microempreendedor a formalizar seu negócio e aumentar sua renda”, destaca Carvalho.

A taxa de desemprego no País atingiu em agosto, segundo o IBGE, seu maior patamar desde maio, contabilizando 13,7 milhões de pessoas. O crescimento dos MEIs no Brasil é bastante impulsionado por números como esses. Só entre maio e julho, cerca de três milhões de pessoas ficaram sem trabalho. Por isso, os especialistas salientam que os estreantes no empreendedorismo devem buscar maneiras de compreender cada vez melhor seu negócio para que a saída encontrada não se torne uma armadilha.

O planejamento financeiro é a principal ferramenta de sucesso, diz Alberto Hamoui, do Hybank, uma fintech que disponibiliza uma conta de pagamento digital para microempreendedores. “É preciso ter uma organização, no que diz respeito às finanças, para que consigam ter o menor impacto quando futuras crises surgirem”, completa Hamoui.

A abertura do próprio negócio, ainda que pequeno, é uma alternativa real ao desemprego. “Hoje o MEI é uma das portas de entrada para a abertura do seu negócio no Brasil, por ser uma das formas mais simples e baratas. O empresário só terá a obrigação de pagar o imposto da guia DAS, mensalmente, no valor aproximado de R$ 55, fazer o relatório mensal e realizar a sua declaração anual”, explica o contador.

Pandemia ressalta a importância da formalização para a qualidade de vida

Além dos brasileiros que se viram sem uma fonte de renda e decidiram empreender, outros perfis de clientes procuraram a contadora Eliane Soares, sócia do escritório ERS Contabilidade e Assessoria Empresarial, desde março. Houve um número grande de empreendedores que já são MEI, mas tinham pendências com a Receita Federal, e também de pequenos empreendedores que precisavam formalizar o negócio para serem contemplados em alguma linha de financiamento aberta nesse período pelo governo federal.

Os MEIs contaram com aval do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe) e acesso ao crédito pelo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), além da liberação do FGTS. “Muita gente nos procurou em busca de assessoria para aproveitar essa facilidade e acessar alguma linha de financiamento – algo que antes era muito difícil de ser acessado dadas as exigências feitas pelos bancos”, comenta Eliane.

Um relato cada vez mais comum é também o de pessoas que tiveram de fechar os negócios durante meses e passaram a contar apenas com o auxílio emergencial para sustento da família. “Isso fez com que muitas pessoas pensassem no futuro e em como iriam levar a vida caso ficassem doentes. O MEI dá a segurança de que a contribuição ao INSS está sendo feita e que a pessoa terá direito ao auxílio-doença e à licença-maternidade”, exemplifica Eliane.

Dicas simples para quem é Microempreendedor Individual manter a saúde do negócio em dia

– Abrir contas-correntes distintas para as finanças pessoais e as da empresa. Isso ajuda a manter a organização e evitar dores de cabeça na hora de fazer a Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (DIRPF).

– Defina um salário mensal. Aqui vale lembrar que o pró-labore do MEI, que serve de base para o cálculo da contribuição mensal, é um salário-mínimo.

– Crie o hábito de fazer um controle financeiro. Faça uma tabela com o valor do produto ou serviço que você comercializa ou presta, anote a forma de pagamento, a data dos gastos e o valor da receita da sua empresa e quanto recebe de pagamentos (à vista ou parcelados).

– Tenha controle de tudo que for gasto com o negócio, como por exemplo, o transporte para atender um cliente ou a compra de mercadorias e equipamentos. Não misture gastos pessoais com os do seu negócio.

– Mantenha o pagamento da guia mensal sempre em dia. Se deixar acumular, não se assuste, entre no site do Portal do Empreendedor ou procure um contador e retome o pagamento das parcelas atrasadas e atuais.

– Busque a assessoria de um profissional contábil. Se não tiver como manter os honorários de uma contratação mensal, não deixe de procurar ajuda naqueles momentos críticos, como na hora de elaborar a declaração do Imposto de Renda ou a declaração anual do MEI.

Consultoria atende a microempreendedores ‘mais humildes’

“Meu trabalho é como o de uma clínica popular contábil”, descreve Silva Leandro, técnico em contabilidade especializado no atendimento ao microempreendedores individuais (MEIs) em analogia é à onda bastante recente de clínicas de saúde popular. Ele faz questão de lembrar que é graduado em Gestão Financeira e Administração, tem MBA em Controladoria e é pós-graduado em Direito Tributário e Docência do Ensino Superior, e que trabalhar com esse nicho de mercado que não para de crescer foi uma escolha.

“Moro em Viamão e a maioria das pessoas aqui não têm como sustentar ‘um honorário’ e, mesmo assim, por ser mais humilde, nunca deixa de pagar”, salienta. O serviço prestado por Silva Leandro não conta com um grande número de clientes fixos – com contrato mensal, por exemplo. Mas sua carteira de clientes passa de 400.

Normalmente são pessoas que querem formalizar o negócio mas não têm acesso à internet ou segurança para fazerem tudo sozinha. É também gente que já tem MEI e está com alguma dificuldade para emitir as guias de pagamento, para comprovar ao banco o rendimento mensal ou que está com pendência com a Receita. Elas vão em busca da assessoria de um profissional contábil e encontram um consultor capaz de ajudá-lo na solução de questões bem pontuais.

Seu foco desde 2009 são os microempreendedores individuais, “normalmente os mais humildes”, descreve o profissional. “O número de clientes só aumenta e ainda tem muitos profissionais contábeis que não veem o potencial. Antigamente, quando eu comecei, nem os bancos queriam abrir conta ou fazer um financiamento para os MEIs. Hoje, eles tratam os MEIs como deuses”, comenta.

A pandemia, diz Leandro, revelou para muita gente desigualdades que ele mesmo já percebia. “Muitas famílias não têm acesso à internet, contam com apenas um celular para dar conta de tudo, não têm familiaridade com sistemas como o Portal do Empreendedor, não sabem emitir uma nota”, diz, ressaltando que o papel social do profissional contábil deve ser atender também a essas pessoas.

Mesmo assim, o empresário contábil não fica apenas esperando os clientes irem ao seu encontro. Com sua experiência ele também vai atrás dos empreendedores para apresentar soluções, como no caso daqueles negócios que enfrentavam dificuldades. “Eu mostrei para os empresários que uma solução podia ser fechar o negócio, indenizar corretamente os empregados e se formalizar como MEI”, explica.

Para o especialista, o mais importante é que as pessoas acessem à modalidade do microempreendedor individual e estejam formalizadas para a garantia da sua sobrevivência. “E para isso procurem um profissional contábil. Só nós podemos comprovar sua movimentação financeira na hora de buscar um financiamento, colaborar com a organização da sua conta pessoa jurídica e apresentar soluções ao negócio”, pontua.

FONTE: https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/cadernos/jc_contabilidade/2020/10/760441-meis-crescem-em-meio-a-pandemia.html

Antecipação de Recebíveis; Fomento Mercantil; factoring sao paulo; Desconto de Duplicatas; Crédito, Factoring, Desconto de Duplicatas.

Ajuda do governo só chegou a 15% das micros e pequenas empresas.

Apesar das medidas do governo para auxiliar os empresários brasileiros de todos os tamanhos com empréstimos facilitados, grande parte dos recursos não chegou às pequenas e microempresas, que agora, quando se aproxima o fim dos auxílios e linhas de crédito emergenciais concedidos na pandemia de covid-19, ainda precisam lidar com outro problema: pagar tributos atrasados.

isso, serão necessários mais recursos para financiar esses empresários e os empreendedores individuais a manter suas atividades e que o Congresso Nacional aprove propostas para renegociar ou até mesmo perdoar as dívidas tributárias.

As observações e sugestões foram feitas durante audiência pública da comissão mista que fiscaliza as ações do governo no combate à pandemia da covid-19, ocorrido na terça-feira (13).

Participaram representantes dos grandes bancos públicos, de cooperativas de crédito e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Segundo o presidente do Sebrae, Carlos Melles, pelo menos 50% dos micros e pequenos empresários nem tentaram recorrer ao crédito pelas dificuldade burocráticas que encontram. Dessa metade que procurou, apenas 22% obtiveram sucesso, ou seja, 15% do total.

Isso precisa ser ampliado e, principalmente no contexto de crise causada pela pandemia, os devedores também vão precisar de auxílio para se reerguer, defendeu.

Nós estamos hoje com 63 milhões de brasileiros inadimplentes. Esses estão no limbo, esses estão foram de atividade. Se nós não reincluirmos esses 63 milhões de brasileiros, quase 1/3 dos brasileiros, nós vamos ter que nação? Uma nação de excluídos.

Por isso estamos pensando numa moratória dos impostos, num novo Refis, e até pensando numa anistia, para colocar de novo esse time de empreendedores no mercado. Lá fora, quem erra uma vez, erra duas ou três, todo mundo fala assim: “Esse tem experiência. Agora, retoma”.

, se errou uma vez ou se está excluído uma vez, não tem condições de retomar mais. Portanto, é um dos problemas mais sérios e mais importantes para o Brasil — avaliou.

Alavancagem

Gerente de Políticas Públicas do Sebrae Nacional, Silas Santiago alertou que a retomada econômica não está ocorrendo de maneira homogênea, nem regionalmente, nem em todos os setores, o que pode impactar até mesmo numa segunda onda de fechamento de empresas.

Até agora, foram atendidas cerca de 500 mil empresas com recursos emergenciais, informou.

Santiago fez sugestões técnicas para elevar os empréstimos com recursos do Tesouro Nacional, com aumento de alavancagem (estratégias para ampliar o montante emprestado, sem tanta garantia do governo), deslocamento de recursos não utilizados de programas como o Pese (que financiou a folha de pagamento das empresas maiores e tem pelo menos R$ 17 bilhões sem uso) para o Pronampe (que socorre as pequenas empresas), e a separação de montantes distintos para as micros e as pequenas, já que essas, por terem mais garantias, acabam sendo as maiores beneficiadas com crédito.

O gerente também defendeu a aprovação de dois projetos, ambos do senador Jorginho Mello (PL-SC), em andamento no Congresso: o PLP 200/2020, que é a moratória dos tributos do Simples Nacional, e o PLP 224/2020, que institui o Refis do Simples Nacional, além de um marco legal do reempreendedorismo, para que as empresas se reorganizem, com todos os passivos causados pela pandemia, para poder recomeçar a atuar.

O presidente da Confederação Nacional das Micro e Pequenas Empresas e Empreendedores Individuais (Conampe), Ercílio Santinoni, também fez um apelo nesse sentido.

Precisamos é facilitar o pagamento dos tributos. E temos que nos preocupar em reorganizar a recuperação judicial, os que vão ter problemas podem ter a vida facilitada com uma recuperação judicial simplificada.

Não vejo dificuldade no pagamento concedido a micros e pequenas empresas, tradicionalmente ela já não é caloteira — disse.

Cooperativas

Representantes dos grandes bancos públicos como Caixa Econômica, Banco do Brasil e BNDES participaram da audiência e disseram que os empresários tiveram crédito, receberam benefícios, como a suspensão do pagamento de dívidas por alguns meses, e educação financeira.

Se o crédito para o pequenino não chegou na ponta, afirmaram, é porque eles não têm acesso a essas grandes instituições.

Segundo a representante da Associação Brasileira de Entidades Operadoras de Microcrédito e Microfinanças (Abcred), Cláudia Cisneiros, essas entidades, que auxiliam o pequeno e o microempreendedor a tomar crédito orientado em parceria com o Sebrae, ficaram impedidas de atuar com recursos do Pronampe, por exemplo, por não se adequarem às exigências.

Isso prejudica o atendimento aos empreendedores da base da pirâmide, o pipoqueiro, aquele que está nas feiras comunitárias, que está nos camelódromos, disse.

Queria fazer uma chamada para que as Oscips [organização da sociedade civil de interesse público] tivessem alíquotas diferenciadas de impostos, porque nós pagamos impostos como uma empresa comum, o que aumenta os nossos custos.

Eu queria que se visse a viabilidade de a gente ter alíquota zero para nossos impostos para, com isso, a gente poder ter taxas mais competitivas para chegar ao nosso cliente, ao nosso empreendedor.

Então, é um pedido para que a gente possa ser um pouco mais olhado.

gente tem bastante expertise para atender esse cliente que a gente ainda está atendendo nesta pandemia pelos meios digitais, mas vocês não têm ideia de como esses clientes ainda têm dificuldade para fazer todo esse processo. Então, esses clientes ainda necessitam desse acompanhamento, desse assessor de crédito, desse apoio — disse.

Ela pediu a aprovação do PL 3.887/2020, que pode conceder às Oscips algumas isenções tributárias.

O senador Esperidião Amin (PP-SC), autor do requerimento para a audiência pública, anunciou que vai elaborar uma proposta para facilitar o acesso ao crédito para os pequenos empreendedores.

Vou pedir à nossa assessoria que elabore um projeto de lei do juro zero nacional para ser operado especialmente com vistas à micro e ao MEI (microempreendedor individual), com limites de R$ 10 mil de empréstimo e de R$ 5 mil de empréstimo para micro e para MEI. é o gabarito do programa juro zero — disse.

Requerimento

Os integrantes da comissão aprovaram requerimento do presidente do colegiado, senador Confúcio Moura (MDB-RO), para audiência pública para debater o Plano de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, desenvolvido pelo Ministério da Saúde e a evolução das prováveis vacinas contra a covid-19, além de prazos, necessidades e possibilidades de imunização dos brasileiros.

FONTE: https://www.douradosagora.com.br/noticias/economia/ajuda-do-governo-so-chegou-a-15-das-micros-e-pequenas-empresas

Antecipação de Recebíveis; Crédito; Desconto de Duplicatas; Desconto de Cheques; Factoring; Fomento Mercantil, Factoring São Paulo.

Para 96% dos empresários, impostos e burocracia impedem crescimento.

Não importa o tamanho da empresa, segmento de atuação ou localidade, fazer a sua empresa crescer ou trabalhar pela manutenção de seus negócios é sempre um desafio na realidade brasileira. Uma pesquisa feita pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) em parceria com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) revela que 96% dos empresários brasileiros avaliam que a alta carga tributária e a complexidade do sistema de arrecadação representam uma barreira para o desenvolvimento de seus negócios. A queixa se sobressai, principalmente, na tributação sobre a fabricação e venda de produtos ou serviços, apontado por 53% da amostra como um empecilho.

Outros fatores do chamado “Custo Brasil” também são criticados pelos empresários ouvidos no estudo. Por exemplo, o excesso de burocracia para abrir, manter e fechar empresas. Outro fator severamente criticado refere-se também à contratação e dispensa de funcionários (49%). Contudo, 44% veem os altos juros como um empecilho para o crescimento de seus negócios e 41% reclamam do alto custo para empregar devido à tributação da folha de pagamento. Ademais, a dificuldade para obter crédito é mencionada por 21% da amostra.

A pesquisa teve como objetivo identificar possíveis entraves para o crescimento das empresas e integra o convênio Políticas Públicas 4.0 (PP 4.0), firmado entre o Sistema CNDL e o Sebrae. A ideia é coletar insumos para a proposição de políticas públicas que contribuam para a melhoria do ambiente de negócios no país e, consequentemente, apoiem o desenvolvimento do varejo.

“A alta taxa de impostos diminui a lucratividade e dificulta a sobrevivência do negócio, especialmente em seu início e durante a fase de consolidação. A burocracia torna as empresas lentas e pouco competitivas, os juros excessivos inibem a tomada de c rédito e os investimentos, e prejudicam diretamente a capacidade produtiva”, observa o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), José César da Costa.

Infraestrutura, mobilidade e segurança pública também são barreiras para os empresários

Para maioria, condições da infraestrutura, mobilidade e segurança pública, também são barreiras para o crescimento das empresas

De acordo com o estudo, 62% dos empresários também apontam que aspectos relacionados à infraestrutura do país impactam negativamente o crescimento da empresa.

As áreas mais mencionadas são nesta ordem:

– Rodovias e estradas (30%);

– Conectividade a internet (22%);

– Sistema de Correios (22%);

– Qualidade da telefonia (20%).

Todavia, as deficiências na segurança pública são problema para os negócios na opinião de 71%, em virtude do risco de assalto no entorno da loja ou empresa (59%), da falta de iluminação adequada para o período noturno (27%) e da presença de moradores de rua nas imediações do negócio (22%). A gestão empresarial também foi colocada como um obstáculo para o crescimento da empresa, apontado por 88% dos entrevistados. Nesse caso, as dificuldades passam pela contratação de mão de obra qualificada (43%), a falta de dinheiro para comprar informações sobre o mercado e clientes (26%), manter a motivação e produtividade dos funcionários (24%) e a falta de tempo para fazer atividades operacionais e de gestão (23%).

Para 73%, a mobilidade urbana, que se refere às condições para o deslocamento eficiente e seguro de pedestres e motoristas nas cidades, também prejudica o crescimento das empresas. Especialmente pelas dificuldades de estacionamento (41%), trânsito intenso (34%) e falta de pavimentação das ruas (29%).

Comércio informal

A pesquisa também investigou como a informalidade atrapalha o desenvolvimento das empresas no país. Para 51% dos empresários entrevistados, o comércio informal interfere em alguma medida nas vendas da sua empresa. Dessa forma, sendo os maiores obstáculos o fato de oferecerem os mesmos produtos ou similares, porém mais baratos por não pagarem impostos (77%). Para 25%, o maior problema é a sensação de insegurança no entorno das lojas, por muitas vezes estarem envolvidos com tráfico e organizações criminosas. Cerca de 20% apontam os impedimentos no trânsito de pessoas no entorno da loja em função da aglomeração de barracas nas calçadas.

59% dos empresários estão otimistas com ações do governo para aumentar as vendas do varejo

O governo federal adotou nos últimos meses medidas com o intuito de desburocratizar a atividade empresarial. Por exemplo, a MP da Liberdade Econômica, que traz medidas de desburocratização e simplificação de processos para empresas e empreendedores.

Diante de medidas como essa, 59% dos empresários entrevistados estão otimistas com a perspectiva do atual governo. Todavia, 24% estão em posição neutra e 16% se dizem pessimistas em algum grau.

Entre as iniciativas que o governo poderia adotar no país para estimular o varejo, as ações com maior potencial de impacto na avaliação dos empresários consultados seriam a promoção de uma reforma tributária que reduza a carga de impostos e simplifique o regime de tributação das empresas (81%) e o lançamento de linhas de c rédito menos burocráticas com juros menores para empresas de pequeno porte (78%). O fornecimento de consultorias gratuitas para micro, pequenas e médias empresas (75%) e investimentos públicos na segurança pública para que os consumidores circulem pelas regiões de comércio (75%) também são medidas consideradas necessárias.

“As medidas aprovadas recentemente pelo Congresso Nacional, como a Reforma da Previdência e a MP da Liberdade Econômica mostram a abertura de um caminho para a redução dos gastos com a máquina administrativa, a desburocratização e a simplificação do sistema tributário. Nesse cenário, as ações estratégicas de estímulo ao setor empresarial são cruciais”, afirma Costa.

Metodologia

A pesquisa ouviu 601 Proprietários ou responsáveis pela gestão de empresas dos setores de comércio varejista e serviço, situadas nos 27 estados brasileiros. Foram consideradas empresas com pelo menos um funcionário. Baixa a íntegra da pesquisa aqui neste link.

PP 4.0

Com investimento total de R$ 3,7 milhões ao longo de dois anos, o projeto prevê três tipos de eventos que irão percorrer todas as regiões do país.

– São encontros com objetivo de qualificar lideranças para ações de Relações Institucionais e Governamentais (RIG). Com foco no estímulo às articulações locais.

– Encontros para fomento ao desenvolvimento local e regional por meio da articulação das lideranças do varejo e elaboração de propostas de Políticas Públicas;

– Encontros para mobilização empresarial para debater fundamentos essenciais ao desenvolvimento sustentável de negócios e empresas. Ao longo do período do convênio, serão realizados 36 encontros, 12 de cada tipo.

Os fóruns são conduzidos por especialistas em cada tema a fim de estimular o debate e a consolidação de fundamentos essenciais aos líderes do setor de comércio e serviços. Ou seja, como protagonismo, ética e associativismo. Também serão promovidos 12 estudos e pesquisas com objetivo de embasar a formulação de políticas públicas com foco nas micro e pequenas empresas do setor. Além disso, será desenvolvida uma plataforma digital de articulação política. Aliás, um sistema online inédito no Brasil que permitirá acompanhar projetos, estruturar demandas e ao mesmo tempo mobilizar lideranças e conectar atores públicos e privados.

SPC Brasil

Há 60 anos no mercado, o SPC Brasil possui um dos mais completos bancos de dados da América Latina, com informações de crédito de pessoas físicas e jurídicas. É a plataforma de inovação do Sistema CNDL para apoiar empresas em conhecimento e inteligência para crédito, identidade digital e soluções de negócios. Oferece serviços que geram benefícios compartilhados para sociedade, ao auxiliar na tomada de decisão e fomentar o acesso ao crédito. É também referência em pesquisas, análises e indicadores que mapeiam o comportamento do mercado, de consumidores e empresários brasileiros, contribuindo para o desenvolvimento da economia do país.

CNDL

Criada em 1960, a CNDL é formada por Federações de Câmaras de Dirigentes Lojistas nos estados (FCDLs), Câmaras de Dirigentes Lojistas nos municípios (CDLs), SPC Brasil e CDL Jovem, entidades que, em conjunto, compõem o Sistema CNDL. É a principal rede representativa do varejo no país e tem como missão a defesa e o fortalecimento da livre iniciativa. Atua institucionalmente em nome de 500 mil empresas, que juntas representam mais de 5% do PIB brasileiro. Além de gerar 4,6 milhões de empregos e movimentam R$ 340 bilhões por ano.

Fonte: https://seucreditodigital.com.br/financas/economia/empresarios-impostos-e-burocracia/

Crédito para pequenas empresas alcança maior patamar em dois anos.

O saldo de crédito para Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) somou R$ 538,7 bilhões em julho, o maior patamar em dois anos. Apesar do crescente foco no segmento, o maior risco e a lenta recuperação ainda limitam o recuo de juros na ponta.

A carteira representa um aumento de 9,1% em relação ao mesmo mês do ano passado (R$ 493,8 bilhões) e é o maior valor registrado desde julho de 2017, quando totalizava R$ 541,8 bilhões. O saldo para as grandes companhias, por sua vez, apontou uma queda de 7,2% em julho deste ano contra igual período de 2018, de R$ 928,8 bilhões para R$ 862,3 bilhões.

“Temos um ambiente com algum sinal de recuperação e o segmento de PMEs tem muito potencial. Os bancos já estão dispostos a assumir um pouco mais de risco, mas isso também deve acabar refletindo um pouco nas taxas de juros”, explicou o economista do Serviços Central de Proteção ao Crédito (SCPC Boa Vista), Vitor Meira França.

“É importante destacar, porém, que esse é um segmento que cresce pelo atual cenário do mercado de trabalho no País. Focar em MPE é uma fórmula boa para os bancos porque são os que mais estão demandando recursos. Mas é um novo perfil e não devemos ver redução de juros na ponta tão logo”, diz o professor da Saint Paul Escola de Negócios, Maurício Godói.

Bem perto das mínimas históricas, por sua vez, as taxas de inadimplência totais para pessoas jurídicas alcançaram 2,5%, queda de 0,1 ponto percentual (p.p.) ante o mesmo mês de 2018 (2,4%). Já as taxas de juros para o crédito corporativo ficaram em 15,1% ao ano (a.a.), redução de 0,8p.p. na mesma relação (15,9% a.a.).

“Retomar o crescimento econômico é um dos pontos principais para que o mercado de crédito reaja. E só quando o País tiver reação no emprego e no consumo é que poderemos considerar ainda os fatores externos, que também influenciam a confiança e impactam o crescimento do setor de crédito no Brasil”, afirmou o diretor de instituições financeiras da Fitch Ratings para América Latina, Cláudio Gallina.

Em relação ao spread observado em julho, no entanto, houve um aumento de 0,5 p.p. em comparação ao mesmo mês de 2018, de 9,1 p.p. para 9,6 p.p.. Os prazos também mostraram redução de 19,7%, de 68,7 meses para 55,2 meses.

“Ver o avanço da economia até agora é importante”, pondera Godoi. “Os spreads não devem cair no curto prazo porque a condição de risco ainda está elevada, mas o prazo das operações deve dar uma esticada, principalmente em um cenário onde o Banco Central está aumentando algumas estratégias de liquidez financeira, como a liberação do FGTS, por exemplo”, acrescenta.

Em questão das linhas que devem apresentar maior crescimento ao longo dos próximos meses, o especialista reitera as modalidades com garantias reais e operacionais. “Devemos também ter uma redução nas concessões de capital de giro e cheque especial, que acabam sendo mais arriscadas”, conclui Godoi.

Revisão para baixo

A retomada ainda moderada da economia, somada aos altos níveis de desemprego, de endividamento e de comprometimento da renda também acabaram limitando as projeções de crescimento do mercado de crédito para este ano.

A Fitch Ratings – por exemplo – revisou suas projeções do setor para baixo, de um aumento de 11% para uma alta de 7,2%. Até agora, o segmento alcançou avanço de 5,3%.

De acordo com o diretor da instituição, Claudio Gallina, as expectativas são de que mesmo com as medidas para incentivo da economia por parte do governo, o segundo semestre deste ano não demonstrará uma “volta mais intensa”.

“Outro fator que acaba influenciando é que a demanda ainda não voltou. Além disso, a reforma da Previdência, que seria um dos fatores que poderiam beneficiar, já foi muito ventilada”, disse o especialista.

Para França, é preciso que haja maior estabilidade. “O crescimento mais significativo deve vir mais a médio prazo. Ainda há espaço para os juros caírem na ponta, mas pouco. Agora, é preciso retomar consumo e produção”, completa.

Fonte: https://www.dci.com.br/economia/credito-para-pequenas-empresas-alcanca-maior-patamar-em-dois-anos-1.832978

Abrir e fechar uma empresa no Brasil fica mais simples, rápido e fácil.

A chamada Lei da Liberdade Econômica, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro traz medidas de desburocratização e simplificação de processos para empresas e empreendedores.

A medida diminui a burocracia e facilita a abertura de empresas, principalmente de micro e pequeno porte. Assim, favorece o ambiente de negócios e traz garantias de livre mercado, diminuindo os abusos do Poder Público e criando a Declaração de Direitos de Liberdade Econômica.

“A liberdade de negócios estimula o investimento, a capacidade produtiva aumenta e a demanda de mão de obra e salários também”, analisou o economista e ex-diretor do Banco Central, Carlos Eduardo de Freitas.

As micro e pequenas empresas já comemoram as facilidades que serão trazidas: diminuição de alvarás, não precisar esperar vistoria, redução de documentos e digitalização de outros, ausência de livro de pontos e outros itens que melhoram a abertura e sobrevida dos pequenos negócios.

Hoje o Brasil possui seis milhões de micro e pequenas empresas. Elas são a maior fonte de trabalho do país, correspondendo a 95% dos empregos oficiais, de acordo com o presidente do Sebrae Nacional.

Dono de uma sapataria em Brasília, Felipe Limeira conhece bem as dificuldades para manter o negócio que herdou do pai há dezesseis anos após sua morte. “Para tirar do nome do meu pai e passar pra mim e meus irmãos foi um trâmite de junta comercial, contador, autenticação de documento. Foi algo bem lento e complicado”. Complicações que não terminaram. Há quatro anos, Felipe mudou o local da sapataria. “Até hoje não tive nenhuma visita da vistoria para eu conseguir o alvará de funcionamento”, contou.

Para a costureira e figurinista Joana de Jesus, de São Paulo “a burocracia é muito grande pra gente abrir e manter uma empresa mesmo sendo um micro empreendedor”, relatou. Com menos burocracia, o objeto dela agora é “ampliar o negócio, ter mais gente trabalhando porque o mercado é bom e favorável”, comentou.

Entenda as principais mudanças:

Abertura e fechamento
O registro e a extinção serão automáticos, a partir da presença em uma Junta Comercial.

Alvará de Funcionamento
Não será mais exigido para atividades consideradas de baixo risco, tais como cabeleireiros, costureiras, sapateiros e startups. A definição das atividades de baixo risco será estabelecida em um ato do Poder Executivo, caso não haja regras estaduais, distritais ou municipais sobre o tema.

Horário de funcionamento
Agora é permitido abrir os estabelecimentos a qualquer horário ou dia da semana, desde que limites de proteção ao meio ambiente (inclusive de poluição sonora), regulamento dos condomínios e legislação trabalhista.

Documentos Digitalizadas
Documentos, inclusive públicos, terão o mesmo valor probatório de um documento original.

Carteira de Trabalho Digital
Emitidas pelo Ministério da Economia, preferencialmente em meio eletrônico, a partir do número do CPF do empregado.

Registro de Ponto
Obrigatório apenas para empresas com mais de 20 funcionários.

Fim do e-Social
O Sistema de Escrituração Digital de Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (e-Social), que unifica o envio de dados de trabalhadores e de empregadores, será substituído por um sistema mais simples, de informações digitais de obrigações previdenciárias e trabalhistas por Governo do Brasil

Fonte: http://www.aquiacontece.com.br/noticia/negocios-economia/22/09/2019/abrir-e-fechar-uma-empresa-no-brasil-fica-mais-simples-rapido-e-facil/145398

Recessão econômica dificulta ainda mais acesso ao crédito.

Essencial para manter a saúde das empresas, os financiamentos, seja para capital de giro como para investimentos em equipamentos ou expansão, nem sempre são acessíveis para pequenos e médios empresários. Embora a maior parte dos bancos ofereça linhas de crédito específicas para implantação de novos negócios, capital de giro e investimentos, o acesso a esses recursos fica ainda mais difícil em momento de fraca atividade econômica, já que os bancos aumentam as exigências para reduzir o risco de calote.

Uma das queixas de quem precisa desses recursos é a quantidade de exigências feita pelas instituições financeiras, que muitas vezes extrapolam a capacidade das empresas, e o longo tempo de espera para que os valores sejam liberados.

“Em geral, a análise de crédito é muito seletiva. As operações são realizadas mediante garantias e lastro, o que caracteriza uma certa ‘elitização’ do crédito”, diz André Siqueira, presidente do Centro Industrial do Ceará (CIC), braço político da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). Siqueira afirma que, em geral, o crédito é concedido mais em função das garantias oferecidas pela empresa do que pela capacidade desta pagar o valor financiado, critério que, para o presidente do CIC, acaba dificultando o acesso às empresas em implantação, principalmente as micro e pequenas que necessitam de capital de giro. “Ora, o que paga financiamento é o fluxo de caixa e a rentabilidade da atividade e não as chamadas garantias”.

O presidente do CIC diz ainda que, considerando apenas o aspecto operacional, a documentação exigida costuma ser em “grande quantidade” para pedidos de qualquer tipo de financiamento. “Isso gera custos cartoriais e perda de tempo considerável para os empreendedores”, diz.

Siqueira acrescenta que, em muitos casos, falta clareza das exigências, fazendo que, após atender os requisitos previamente acordados, apareçam novas exigências. “Essas barreiras transformam a captação de recursos num processo demorado, o que nunca é bom para o empreendedor. Muitas vezes, existe uma oportunidade que exige recursos imediatos, e quando há quantidade excessiva de procedimentos para obter o recurso, os ganhos dessa oportunidade podem ser reduzidos ou até mesmo ser perdido”, diz Siqueira.

Como agravante, as altas taxas de juros praticadas no País obrigam as empresas a terem altas rentabilidades para que sejam viáveis.

Atividade fraca

Entre os fatores que acabam contribuindo para o “excesso” de exigências por parte das instituições está a atividade econômica fraca. “O Brasil encontra-se num momento difícil e, se a empresa não está tendo lucro, vai ter dificuldade de retornar esse dinheiro para o banco”, explica o economista e consultor de empresas Alcântara Macedo.

“O que nós vemos é que, nesses momentos de crise, o banco acaba sendo mais seletivo ao aplicar seu dinheiro, já que a fragilidade do tomador é muito grande”, acrescenta.

Mesmo assim, Macedo avalia que a burocracia envolvida nos empréstimos ainda é muito grande no País, se comparada a outros mercados, e que o setor industrial, que necessita de recursos de forma mais intensiva acaba sendo o maior prejudicado. “A gente vem, nos últimos anos, de um processo de desindustrialização, e essa dificuldade de obtenção de crédito impacta diretamente no capital de giro, e sem este capital, a empresa para”, diz.

De acordo com André Siqueira, os impactos negativos incidem principalmente nas empresas de pequeno e médio porte, já que as grandes têm a opção de captar recursos no mercado internacional ou na bolsa de valores, emitindo títulos de dívida, por exemplo. Para as demais, a opção acaba sendo fontes alternativas, com juros mais altos. “E em vez de resolver, o problema agrava”, diz. No Estado, a principal destinação desses recursos é para capital de giro das empresas e para aquisição de equipamentos e inovação tecnológica.

Capital próprio

Diante dessas dificuldades, muitas empresas acabam fazendo financiamentos com capital próprio. Segundo levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) junto a pequenas, médias e grandes empresas, em 2018, 75% dos investimentos das empresas foram financiados com capital próprio, percentual idêntico ao de 2017. Em 2015 e 2016, esse percentual era de 72%. E, com a situação financeira mais debilitada, o investimento foi prejudicado.

Já a participação de bancos comerciais privados aumentou de 8% para 13%, de 2017 para 2018, enquanto a participação dos bancos oficiais de desenvolvimento recuou de 10% para 7%. Ao mesmo tempo em que a participação dos comerciais privados foi recorde, a dos bancos oficiais de desenvolvimento foi a menor da série, com início no ano de 2010.

“A elevada dependência de recursos próprios, antigo entrave ao investimento, não se alterou no ano passado”, diz a CNI, no documento, divulgado neste mês. De acordo com a pesquisa, feita com 334 indústrias de grande porte do País, o excesso de regulação e de burocracia além da falta de recursos financeiros interferiram nas decisões de investimentos para este ano.

Mais da metade, 51% das indústrias, afirma que os recursos financeiros desestimularam os planos. Outras 49% apontaram a regulação e a burocracia como fatores que atrapalharam a disposição para realizar investimentos.

Fonte: https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/editorias/negocios/recessao-economica-dificulta-ainda-mais-acesso-ao-credito-1.2114181

Primeiro trimestre fecha com melhoria nas condições do crédito para os pequenos negócios

A oferta de crédito para os pequenos negócios ficou menos restritiva e apresenta uma tendência de melhora, segundo aponta levantamento do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), a partir dos indicadores da Pesquisa Trimestral de Condições de Crédito. O trabalho, realizado pelo Banco Central, foi feito com base nos três primeiros meses de 2019. A tendência de melhoria vem se registrando desde 2016, mas os números positivos só passaram a ser observados a partir deste ano. Entretanto, a o levantamento também mostra que a demanda pelo crédito teve um pequeno recuo no mesmo período.

De acordo com dados do BC, os indicadores começam a mostrar uma recuperação no mercado de crédito, aparentemente para toda a economia. Os números também são favoráveis quando se trata de oferta e de aprovações que, mesmo em níveis ainda baixos, já são maiores do que os observados em toda a série histórica dos indicadores. Apesar da redução na força da demanda por crédito por parte das micro e pequenas empresas, entre dezembro do ano passado e o primeiro trimestre de 2019, os índices ainda são bons. “As taxas de juros também vem caindo desde 2017”, observa o especialista do Sebrae, Giovanni Bevilaqua.

Com os indicadores favoráveis, a tendência é de melhora nos próximos meses, o que poderá ser confirmado no próximo trimestre que termina em junho. Além disso, houve um aumento nas aprovações de crédito pelo Sistema Financeiro Nacional (SFN), um fato que vem sendo registrado desde 2016. Isso foi observado em 2018 em relação às corporações de grande porte, enquanto que para os pequenos negócios ocorreu somente a partir de 2019.

O último ponto a ser considerado é o expresso pelo indicador de aprovações de crédito por parte do Sistema Financeiro Nacional. As aprovações de crédito para todos os portes vêm aumentando continuamente desde 2016, mas somente em 2018 é que os números passaram ao terreno positivo para as grandes empresas. Já para as micro, pequenas e médias empresas o mesmo ocorreu somente a partir do último mês de janeiro.

A modalidade de crédito mais utilizada pelos Microempreendedores Individuais (MEI) é o uso do cheque especial. Entre 2012 e 2018, essas operações somaram R$ 7 bilhões, seguidas do capital de giro (5,8 bilhões) e do desconto de cheque (R$ 3,6 bilhões). A taxa média de giro foi bastante elevada neste mesmo período, chegando a mais de 242% ao ano em créditos por adiantamento a depositantes, uma modalidade superior ao cheque especial, que somou de 226% ao ano.

Assessoria de Imprensa Sebrae Telefone (61) 3348-7570 / (61) 3348-7754

Fonte: www.agenciasebrae.com.br/sites/v/index.jsp?

BC: 2018 foi ano de recuperação do crédito, para pessoa física e jurídica.

Brasília – O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, destacou nesta terça-feira, 29, que o crescimento de 5,5% no mercado de crédito bancário em 2018 ocorreu após dois anos seguidos de contração do estoque total de empréstimos, em 2016 e 2017. “O movimento é mais destacado no crédito para pessoas físicas, que cresceu 8,6% no ano. Para pessoas jurídicas, houve crescimento de 1,9%. Então podemos dizer que 2018 foi um ano de recuperação de crédito”, avaliou.

Segundo Rocha, o desempenho no ano passado foi puxado pelas operações no crédito livre, que cresceu 11,2% – maior alta desde 2012.

Nesse recorte, os crescimentos para pessoas físicas e jurídicas foram equivalentes, com aceleração no crédito para as empresas. “Para pessoas jurídicas, é relevante ressaltar o desempenho do capital de giro e nas operações de comércio exterior. Para pessoas físicas, o destaque foi o crédito pessoal e para a aquisição de veículos”, acrescentou.

Já o crédito direcionado apresentou recuo pelo terceiro ano seguido, com queda de 0,6% em 2018. “Mas uma retração menor que a dos anos anteriores sinaliza que o crédito direcionado caminha para uma estabilização, para deixar de cair”, ponderou Rocha. “Desde agosto do ano passado já é possível observar uma trajetória de crescimento”, apontou.

Segundo ele, o recuo do crédito direcionado, sobretudo por parte do BNDES, já tem sido compensado por outras modalidades de crédito ou mesmo pelo mercado de capitais. “O crescimento das operações livres de aquisição de veículos por pessoas jurídicas é um exemplo disso”, completou.

Proporção do PIB
O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central admitiu que a alta do estoque de crédito em proporção do Produto Interno Bruto (PIB) de 47,2% em 2017 para 47,4% em 2018 é um crescimento pequeno. “O importante é que a redução da relação crédito/PIB se interrompeu em 2018”, argumentou. “Para pessoas físicas, já é possível notar uma trajetória de crescimento”, completou.

O saldo de operações para pessoas físicas encerrou 2016 em 24,9% do PIB, chegou a 25,2% do PIB no fim de 2017 e finalizou o ano passado em 26,1% do PIB. “A questão me parece mais circunscrita ao crédito direcionado, especificamente para empresas”, afirmou.

O crédito para pessoas jurídicas encerrou 2016 em 24,7% do PIB, caiu a 22% do PIB no fim de 2017 e finalizou o ano passado em 21,4% do PIB. “Pode haver uma tendência cíclica no aumento da emissão de debêntures no mercado de capitais, mas a redução da participação do BNDES me parece um movimento mais longo”, avaliou.

Capital de giro
O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central destacou o crescimento de 2,2% no saldo de crédito para capital de giro com recursos livres em dezembro. “Essa linha vinha com saldos negativos mês após mês, e em dezembro virou para positivo”, apontou.

Segundo Rocha, as linhas de desconto de duplicatas e antecipação de faturas têm um componente sazonal bastante marcado no fim do ano. “Todo dezembro cresce contra novembro, e em janeiro volta a haver redução”, explicou. “Mas na comparação entre dezembro de 2018 e dezembro de 2017, sem efeitos sazonais, houve crescimento relevantes nessas linhas”, detalhou.

Ele também destacou o crescimento de 62,4% na linha de aquisição de veículos por pessoas jurídicas com recursos livres em 2018. Em valores, o salto foi superior a R$ 10 bilhões no ano. “Isso mostra a transferência de operações antes atendidas pelo BNDES no crédito direcionado para o crédito livre”, repetiu.

Fonte: https://exame.abril.com.br/economia/bc-2018-foi-ano-de-recuperacao-do-credito-para-pessoa-fisica-e-juridica/