Arquivo para Tag: Capital de Giro

FMI prevê crescimento de 2,1% na economia brasileira em 2023

O Fundo Monetário Internacional (FMI) fez uma previsão de que a economia do Brasil deve crescer 2,1% neste ano e 1,2% em 2024. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (31) no relatório regular de supervisão da economia brasileira (2023 Article IV Consultation).

Chamando a proposta do governo brasileiro de “ambiciosa agenda de crescimento inclusivo e sustentável”, a organização internacional prevê um crescimento em torno de 2% no médio prazo.

Embora haja um indicativo positivo, o Ministério da Fazenda considera os números abaixo da media das estimativas de mercado e vê como conservadora a previsão do FMI.

Para atingir a proposta do governo, a organização destaca que o Brasil precisará enfrentar desafios econômicos de curto e longo prazos. O crescimento potencial relativamente baixo, a inflação, o endividamento das famílias, a falta de espaço fiscal para gastos prioritários e até mesmo os riscos em decorrência das mudanças climáticas foram alguns dos impasses apontados no relatório.

Já como elementos positivos para a economia brasileira, foram mencionados políticas como a reforma tributária, o novo arcabouço fiscal, o fortalecimento de mecanismos de resolução de disputas tributárias e o Programa Desenrola do governo federal.

FONTE: https://cultura.uol.com.br/noticias/60409_fmi-preve-que-a-economia-do-brasil-deve-crescer-21-em-2023.html

Primeiro trimestre de 2023 reflete bom desempenho das micro e pequenas indústrias

No primeiro trimestre de 2023, as micro e pequenas empresas (MPEs) tiveram desempenho positivo. O resultado foi acima da média esperada para o período. E também acima da média histórica. Os dados são do Panorama da Pequena Indústria, uma pesquisa trimestral da CNI (Confederação Nacional da Indústria).

No primeiro trimestre de 2023, o Índice de Desempenho das Indústrias de Pequeno Porte registrou média de 44,0 pontos, resultado que pode ser considerado positivo quando comparado ao desempenho médio para primeiros trimestres (42,6 pontos) e mesmo quando comparado à média histórica (43,8 pontos).

A analista de Políticas e Indústria da CNI, Paula Verlangeiro, explica que o índice do primeiro trimestre foi puxado por março, que registrou 46,6 pontos. “O primeiro bimestre (janeiro e fevereiro) normalmente são meses mais desacelerados então março veio mais positivo e acabou puxando esse resultado do trimestre pra cima”. Ela acrescenta que o Índice de Desempenho analisa as questões de produção, número de empregados e a utilização da capacidade instalada dos industriais.

Para o economista Fernando Carvalho Dantas, isso se deve possivelmente aos efeitos dos últimos meses do ano de 2022, que, segundo ele, foram muito bons para o setor. Dantas reforça que as pequenas indústrias desempenham um papel fundamental na economia brasileira. “Elas se integram em cadeias produtivas que normalmente se compõem de outras empresas que geram um efeito multiplicador e que acabam sendo bastante importante na geração de riquezas para o país”.

O presidente da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa, deputado Jorge Goetten (PL-SC), acredita que o cenário relativamente positivo vai além. “Vários fatores contribuíram para a melhora no desempenho, como o espírito empreendedor do brasileiro no comércio, na indústria e em outros setores e a retomada das atividades pós-pandemia, que possibilitaram o aquecimento da economia permitindo que o dinheiro voltasse a circular.”

Sobre o Panorama da Pequena Indústria

O Panorama da Pequena Indústria elenca quatro indicadores: desempenho, situação financeira, perspectivas e índice de confiança. Todos os índices variam de 0 a 100 pontos. Quanto maior ele for, melhor é a performance do setor.

A composição dos índices leva em consideração itens como volume de produção, número de empregados, utilização da capacidade instalada, satisfação com o lucro operacional, situação financeira, facilidade de acesso ao crédito, expectativa de evolução da demanda e intenção de investimento e de contratações. Além disso, a pesquisa também traz o ranking dos principais problemas enfrentados pelas MPEs em cada trimestre.

A pesquisa é divulgada trimestralmente com base na análise dos dados da pequena indústria levantados na Sondagem Industrial, na Sondagem Indústria da Construção e no Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI). Todos os meses, as pesquisas ouvem cerca de 900 empresários de empresas de pequeno porte.

Fonte: Brasil 61 – https://brasil61.com/n/primeiro-trimestre-de-2023-reflete-bom-desempenho-das-micro-e-pequenas-industrias-pind233965

Pequenas indústrias têm mais dificuldade no acesso a crédito

Pequenas indústrias têm mais dificuldade no acesso a crédito.

Donos de pequenos negócios do setor da indústria são os que têm a pior avaliação sobre a obtenção de empréstimos no país, de acordo com a Sondagem das Micro e Pequenas Empresas, realizada pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), em parceria com a FGV (Fundação Getúlio Vargas),

Apesar da percepção de melhoria de acesso ao crédito ter crescido, quase 33% dos donos de micro e pequenas indústrias consideram o grau de exigência para concessão ou renovação de empréstimos bancários alto, 57,3% moderado e apenas 10% acreditam que é baixo.

Por essa razão, para o Sebrae é importante o desenvolvimento de políticas públicas que facilitem o uso de garantias, como é o caso do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), que voltou a vigorar neste mês.

Pronampe

Criado no ano passado para ajudar micro e pequenas empresas afetadas pela pandemia de covid-19, o Pronampe tornou-se permanente em 2021, mas o volume que pode ser emprestado depende da quantia injetada no FGO (Fundo Garantidor de Operações), que cobre os eventuais calotes dos tomadores de empréstimos. Nos primeiros dez dias de funcionamento, o programa já emprestou 40% dos recursos.

Já os empreendedores do setor de serviços, apesar de serem um dos mais afetados pela pandemia e com grande parte do faturamento reduzido, veem o acesso a crédito de uma forma mais positiva. Segundo o Sebrae, para 25,6% deles as exigências são altas e 14,6% consideram baixas. Para 59,8%, as exigências são normais.

No caso do comércio, para 75,7% dos empresários as exigências são normais, o que, na visão do Sebrae, pode estar associado ao uso mais tradicional de montantes menores e para capital de giro.

FONTE: https://noticias.r7.com/economia/pequenas-industrias-tem-mais-dificuldade-no-acesso-a-credito-21072021

Recessão econômica dificulta ainda mais acesso ao crédito.

Essencial para manter a saúde das empresas, os financiamentos, seja para capital de giro como para investimentos em equipamentos ou expansão, nem sempre são acessíveis para pequenos e médios empresários. Embora a maior parte dos bancos ofereça linhas de crédito específicas para implantação de novos negócios, capital de giro e investimentos, o acesso a esses recursos fica ainda mais difícil em momento de fraca atividade econômica, já que os bancos aumentam as exigências para reduzir o risco de calote.

Uma das queixas de quem precisa desses recursos é a quantidade de exigências feita pelas instituições financeiras, que muitas vezes extrapolam a capacidade das empresas, e o longo tempo de espera para que os valores sejam liberados.

“Em geral, a análise de crédito é muito seletiva. As operações são realizadas mediante garantias e lastro, o que caracteriza uma certa ‘elitização’ do crédito”, diz André Siqueira, presidente do Centro Industrial do Ceará (CIC), braço político da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). Siqueira afirma que, em geral, o crédito é concedido mais em função das garantias oferecidas pela empresa do que pela capacidade desta pagar o valor financiado, critério que, para o presidente do CIC, acaba dificultando o acesso às empresas em implantação, principalmente as micro e pequenas que necessitam de capital de giro. “Ora, o que paga financiamento é o fluxo de caixa e a rentabilidade da atividade e não as chamadas garantias”.

O presidente do CIC diz ainda que, considerando apenas o aspecto operacional, a documentação exigida costuma ser em “grande quantidade” para pedidos de qualquer tipo de financiamento. “Isso gera custos cartoriais e perda de tempo considerável para os empreendedores”, diz.

Siqueira acrescenta que, em muitos casos, falta clareza das exigências, fazendo que, após atender os requisitos previamente acordados, apareçam novas exigências. “Essas barreiras transformam a captação de recursos num processo demorado, o que nunca é bom para o empreendedor. Muitas vezes, existe uma oportunidade que exige recursos imediatos, e quando há quantidade excessiva de procedimentos para obter o recurso, os ganhos dessa oportunidade podem ser reduzidos ou até mesmo ser perdido”, diz Siqueira.

Como agravante, as altas taxas de juros praticadas no País obrigam as empresas a terem altas rentabilidades para que sejam viáveis.

Atividade fraca

Entre os fatores que acabam contribuindo para o “excesso” de exigências por parte das instituições está a atividade econômica fraca. “O Brasil encontra-se num momento difícil e, se a empresa não está tendo lucro, vai ter dificuldade de retornar esse dinheiro para o banco”, explica o economista e consultor de empresas Alcântara Macedo.

“O que nós vemos é que, nesses momentos de crise, o banco acaba sendo mais seletivo ao aplicar seu dinheiro, já que a fragilidade do tomador é muito grande”, acrescenta.

Mesmo assim, Macedo avalia que a burocracia envolvida nos empréstimos ainda é muito grande no País, se comparada a outros mercados, e que o setor industrial, que necessita de recursos de forma mais intensiva acaba sendo o maior prejudicado. “A gente vem, nos últimos anos, de um processo de desindustrialização, e essa dificuldade de obtenção de crédito impacta diretamente no capital de giro, e sem este capital, a empresa para”, diz.

De acordo com André Siqueira, os impactos negativos incidem principalmente nas empresas de pequeno e médio porte, já que as grandes têm a opção de captar recursos no mercado internacional ou na bolsa de valores, emitindo títulos de dívida, por exemplo. Para as demais, a opção acaba sendo fontes alternativas, com juros mais altos. “E em vez de resolver, o problema agrava”, diz. No Estado, a principal destinação desses recursos é para capital de giro das empresas e para aquisição de equipamentos e inovação tecnológica.

Capital próprio

Diante dessas dificuldades, muitas empresas acabam fazendo financiamentos com capital próprio. Segundo levantamento feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) junto a pequenas, médias e grandes empresas, em 2018, 75% dos investimentos das empresas foram financiados com capital próprio, percentual idêntico ao de 2017. Em 2015 e 2016, esse percentual era de 72%. E, com a situação financeira mais debilitada, o investimento foi prejudicado.

Já a participação de bancos comerciais privados aumentou de 8% para 13%, de 2017 para 2018, enquanto a participação dos bancos oficiais de desenvolvimento recuou de 10% para 7%. Ao mesmo tempo em que a participação dos comerciais privados foi recorde, a dos bancos oficiais de desenvolvimento foi a menor da série, com início no ano de 2010.

“A elevada dependência de recursos próprios, antigo entrave ao investimento, não se alterou no ano passado”, diz a CNI, no documento, divulgado neste mês. De acordo com a pesquisa, feita com 334 indústrias de grande porte do País, o excesso de regulação e de burocracia além da falta de recursos financeiros interferiram nas decisões de investimentos para este ano.

Mais da metade, 51% das indústrias, afirma que os recursos financeiros desestimularam os planos. Outras 49% apontaram a regulação e a burocracia como fatores que atrapalharam a disposição para realizar investimentos.

Fonte: https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/editorias/negocios/recessao-economica-dificulta-ainda-mais-acesso-ao-credito-1.2114181

Confiança dos empresários atinge maior nível desde março de 2014, diz FGV.

A confiança dos empresários subiu 1 ponto em dezembro para 95,9 pontos, maior nível desde março de 2014, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (2). No último trimestre do ano, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 1,9 ponto.

O resultado foi impulsionado pela percepção do momento presente. O Índice de Situação Atual, subiu 1,1 ponto, para 91,2 pontos, maior valor desde junho de 2014 (92,8 pontos). Já o Índice de Expectativas (IE-E), avançou 0,2 ponto, para 101,0 pontos. É segundo mês consecutivo em que o IE-E ultrapassa o nível de 100 pontos.

Segundo o superintendente de Estatísticas Públicas da FGV IBRE, Aloisio Campelo Jr., depois de três altas consecutivas, a confiança se aproxima “de níveis que retratam uma situação de normalidade”.

Em nota, o economista pondera que apesar do avanço mais significativo do índice que retrata a situação atual, a “distância ainda superior a 15 pontos entre ISA e IE no Comércio e na Construção sugere que os ganhos recentes da confiança devem ser explicados por uma efetiva melhora gradual do ambiente econômico, mas também pelo efeito favorável do fim do período eleitoral sobre as expectativas”.

O Índice de Confiança Empresarial (ICE) consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.

Difusão
Em dezembro, houve alta da confiança em 65% dos 49 segmentos que integram o ICE. No mês passado, a disseminação de alta havia alcançado 84% dos segmentos.

Para a edição de novembro de 2018, foram coletadas informações de 4.701 empresas entre 03 e 21 de dezembro.

Fonte: https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/01/02/confianca-dos-empresarios-atinge-maior-nivel-desde-marco-de-2014-diz-fgv.ghtml

Aumento de Crédito e do Capital de Giro

Apesar das dificuldades econômicas dos últimos anos, as perspectivas de aumento do crédito para empresas são positivas segundo economistas.
A Portogaia Fomento Mercantil, através da antecipação dos recebimentos futuros das empresas, contribui para o aumento do crédito e do capital de giro tão necessário para os empresários nos dias de hoje.

Juros e inadimplência adiam melhora no capital de giro para o 2º semestre

Cautela frente às incertezas macroeconômicas e políticas de 2018 e o alto custo dos empréstimos fazem com que empresários prefiram trabalhar com menos vendas do que tomarem dívidas

O crédito para capital de giro só melhorará a partir do segundo semestre de 2018. Com dificuldade na tomada de empréstimos frente aos altos juros e inadimplência, empresário optará por trabalhar em menores patamares de venda e produção a se endividar.

Mesmo com a melhora no consumo e frente ao custo menor dos financiamentos – puxado principalmente pela queda da taxa básica de juros (Selic) –, as empresas ainda demonstram dificuldade em manter seus compromissos.

Os últimos dados do Banco Central (BC), por exemplo, apontam que já em janeiro o índice de calotes da linha subiu 2,4 pontos percentuais (p.p.) ante igual mês de 2017 (de 4,1% para 6,5%), em prazos abaixo de 365 dias.

Já para os empréstimos com períodos acima de um ano, a inadimplência foi de 5,5% para 6,3% (+0,8 p.p.) na mesma base de comparação.

“Vemos um movimento de recuperação por parte das empresas, mas além da dificuldade ao acesso do crédito, os juros da modalidade ainda são muito voláteis e instáveis, principalmente para o segmento de pequenas e médias companhias”, pontua o CEO da Nexoos, Daniel Gomes.

A taxa média de juros totais para os financiamentos de capital de giro ficou em 18,8% ao ano (a.a.), queda de 5,6 p.p. em relação a igual mês de 2017 de, 24,4% a.a..

As concessões, por sua vez, totalizaram R$ 11,166 bilhões, redução de 12,2% na mesma relação (R$ 12,718 bilhões).

Segundo o professor de economia do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec) Walter Franco Lopes, o custo do crédito ainda está alto para as empresas e apesar de ser um ano melhor, “ninguém apostará na modalidade de forma muito agressiva”.

“Essa é a primeira linha que o empresário procura na recuperação, mas entre trabalhar dentro do que os ganhos permitem e tomar um empréstimo caro, a parcimônia vence. Melhor operar com vendas e produções menores do que se endividar”, explica Lopes.

Boas perspectivas

Da parte dos bancos, por sua vez, que já sinalizam projeções positivas para os empréstimos de capital de giro, a análise macroeconômica e até polícia do País ainda pode influenciar em passos cautelosos.

“Há quedas significativas no volume de falências e avanço do crédito na comparação do trimestre até janeiro. São bons indicativos para os credores”, diz o economista do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC Boa Vista), Flávio Calife.

Dados do birô apontam recuo de 19,8% nas falências no acumulado de 12 meses até fevereiro de 2018 ante o mesmo período do ano anterior.

Além disso, as concessões da linha subiram 18,1% no trimestre móvel até janeiro em relação aos três meses anteriores (de R$ 36,636 bilhões para R$ 43,272 bilhões).

“Claro que o aumento do crédito ainda está limitado pela recuperação das empresas e com certeza demorará alguns anos para voltarmos a patamares anteriores. Mas já no começo do segundo semestre, a tendência de alta já será visível”, completa Calife, do SCPC.

FONTE: https://www.dci.com.br/financas/juros-e-inadimplencia-adiam-melhora-no-capital-de-giro-para-o-2-semestre-1.692653