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Faturamento de pequenas e médias empresas cresce 5,2% no segundo trimestre

Pequenas e médias empresas (PME) fecharam o segundo trimestre de 2024 com faturamento 5,2% maior do que o mesmo período do ano passado. É o que revela o Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs). O semestre também se mostrou favorável ao segmento, que acumulou uma alta de 4,3% quando comparado a 2023.

Para o presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima, os resultados positivos refletem a melhora da economia do país. “A queda dos juros e do desemprego somados aos programas de incentivo ao desenvolvimento da nova indústria estão colocando o Brasil novamente na rota do desenvolvimento sustentável”, comemora.

“Nesse sentido, as micro e pequenas empresas têm papel crucial, gerando postos de trabalho e renda em todo o país. Com mais dinheiro no bolso, as famílias também consomem mais. É um círculo virtuoso em que todos ganham.” Décio Lima, presidente do Sebrae Nacional

A análise setorial indica que o aumento foi puxado pelas pequenas e médias indústrias, que registraram um avanço de 11,9% no período, em atividades como “Óleos lubrificantes”, “Metalurgia”, “Impressão e reprodução de gravações” e “Manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos”, que tiveram alta.

De acordo com a Omnie (sistema de gestão empresarial), também chama atenção, no último trimestre, a recuperação das PMEs do Comércio, que registraram expansão de 4,6% na comparação com o segundo trimestre de 2023. Os resultados mais expressivos foram no atacado (+7,5%) – com destaque para “Livros, jornais e outras publicações”, “Cimento” e “Produtos de higiene, limpeza e conservação domiciliar”. No varejo, o aumento de 3% foi observado em atividades “Produtos farmacêuticos com manipulação de fórmulas”, “Vidros”, e “Artigos de armarinho”, com melhor atuação.

Tendência é de crescimento

De acordo com Felipe Beraldi, economista e gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie, é esperado que as PMEs mantenham a tendência recente de crescimento no segundo semestre e encerrem 2024 com faturamento 4,3% maior ante 2023. Para 2025, a expectativa é alta de 2%, aposta mais contida e alinhada com as previsões para o PIB brasileiro. Segundo ele, uma taxa de juros mais alta frente ao esperado anteriormente – perspectivas estão entre 9,5% a 10% a.a. – significa menos estímulos ao crescimento vindo do crédito.

“Com isso, presumimos que a evolução do mercado de PMEs ocorra concentrada nos setores de Serviços e Comércio – refletindo a perspectiva de sustentação do consumo das famílias.” Felipe Beraldi, economista e gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie

A expectativa, ainda de acordo com o economista, é de que os juros voltem a cair em 2025, gerando impactos positivos sobre o setor de Infraestrutura, principalmente para construção civil.

O Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs) considera empresas com faturamento de até R$ 50 milhões anuais divididas em 701 atividades econômicas que compõem quatro grandes setores: comércio, indústria, infraestrutura e serviços.

FONTE: https://agenciasebrae.com.br/dados/faturamento-de-pequenas-e-medias-empresas-cresce-52-no-segundo-trimestre/

Governo anuncia crédito de R$ 35 bi para pequenos negócios no RS

O governo federal anunciou uma série de medidas para pequenos negócios afetados pelas chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul. A iniciativa faz parte da MP (medida provisória) que destina recursos para a reconstrução do Estado. Eis a íntegra da apresentação (950 kB).

Estão previstos ao menos R$ 35 bilhões em crédito para micro e pequenas empresas do Rio Grande do Sul. Desse total, R$ 30 bilhões serão alavancados por meio do aporte de R$ 4,5 bilhões no FGO (Fundo Garantidor de Operações). Os outros R$ 5 bilhões são resultado dos R$ 500 milhões repassados pelo governo ao FGI-PEAC (Programa Emergencial de Acesso ao Crédito).

“É uma determinação do presidente Lula que o socorro ao povo gaúcho seja prioridade absoluta. Os ministérios estão trabalhando em parceria para ajudar a salvar vidas, garantir o abastecimento e a retomada de serviços básicos”, disse o ministro Márcio França (Empreendedorismo).

As MPs são normas com força de lei editadas pelo presidente da República em situações de relevância e urgência. Apesar de produzir efeitos jurídicos imediatos, a MP precisa da posterior apreciação pelas Casas do Congresso Nacional (Câmara e Senado) para se converter definitivamente em lei. O prazo inicial de vigência de uma MP é de 60 dias, que pode ser prorrogado automaticamente por igual período.

Leia as medidas para empresas:

 1. APORTE DE R$ 4,5 BILHÕES

  • o que é: aporte de R$ 4,5 bilhões em recursos no FGO que permitirão a concessão de garantias, e então a alavancagem da concessão de crédito no total de R$ 30 bilhões aos pequenos negócios no âmbito do Pronampe (Programa Nacional de Apoio a Microempresas e Empresas de Pequeno Porte);
  • beneficiários: microempresas e empresas de pequeno porte;
  • período: a partir de maio;
  • impacto: R$ 4,5 bilhões de aporte, com potencial de alavancagem de R$ 30 bilhões.
2. SUBVENÇÃO DE JUROS NO PRONAMPE
  • o que é: será colocado R$ 1 bilhão para concessão de desconto em juros de créditos garantidos pelo Pronampe, até o valor máximo de crédito concedido passível de desconto de R$ 2,5 bilhões, ou seja, dos R$ 30 bilhões potenciais de crédito, R$ 2,5 bilhões serão concedidos com desconto de juros.
  • beneficiários: microempresas e empresas de pequeno porte;
  • período: a partir de maio;
  • condições: financiamento de até 72 meses, com até 24 meses de carência. Terá subsídio do governo federal para reduzir a taxa de juros para 4% nominal (taxa de juros real zero) para os primeiros R$ 2,5 bilhões tomados e depois juros normais da linha.
  • impacto: R$ 1 bilhão para desconto de juros no Pronampe até o limite de R$ 2,5 bilhões de créditos concedidos.
3. CRÉDITO NO FGI-PEAC
  • o que é: serão colocados R$ 500 milhões para concessão de garantias via Fundo Garantidor de Investimentos para alavancagem, no FGI-PEAC (Programa Emergencial de Acesso ao Crédito), de até R$ 5 bilhões. Neste caso, o aporte alavanca e garante acesso ao crédito, não se fazendo subvenção da taxa de juros. No caso do FGI-PEAC, o operador é o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
  • beneficiários: MEIs, microempresas e empresas de pequeno porte;
  • período: a partir de maio;
  • condições: taxa de juros média de 1.75% a.m, com bancos que oferecem até 1.55% a.m;
  • impacto: R$ 500 milhões em aporte de garantias no Fundo Garantidor de Investimentos para alavancar até R$ 5 bilhões em concessão de crédito.
4. PRORROGAÇÃO DE VENCIMENTO DE TRIBUTOS
  • o que é: prorrogação por no mínimo 3 meses dos prazos de recolhimento de tributos federais e Simples Nacional;
  • beneficiários: 203 mil empresas do Simples Nacional;
  • período: abril, maio e junho;
  • impacto: R$ 4,8 bilhões.
5. DISPENSA DA APRESENTAÇÃO DA CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITOS
  • o que é: dispensa de apresentação de certidão negativa de débito para contratações e renegociações de crédito junto a instituições financeiras públicas;
  • beneficiários: empresas (governo não especifica portes) e produtores rurais;
  • período: de maio a novembro.
FONTE: https://www.poder360.com.br/poder-empreendedor/governo-anuncia-credito-de-r-35-bi-para-pequenos-negocios-no-rs/

Primeiro trimestre de 2023 reflete bom desempenho das micro e pequenas indústrias

No primeiro trimestre de 2023, as micro e pequenas empresas (MPEs) tiveram desempenho positivo. O resultado foi acima da média esperada para o período. E também acima da média histórica. Os dados são do Panorama da Pequena Indústria, uma pesquisa trimestral da CNI (Confederação Nacional da Indústria).

No primeiro trimestre de 2023, o Índice de Desempenho das Indústrias de Pequeno Porte registrou média de 44,0 pontos, resultado que pode ser considerado positivo quando comparado ao desempenho médio para primeiros trimestres (42,6 pontos) e mesmo quando comparado à média histórica (43,8 pontos).

A analista de Políticas e Indústria da CNI, Paula Verlangeiro, explica que o índice do primeiro trimestre foi puxado por março, que registrou 46,6 pontos. “O primeiro bimestre (janeiro e fevereiro) normalmente são meses mais desacelerados então março veio mais positivo e acabou puxando esse resultado do trimestre pra cima”. Ela acrescenta que o Índice de Desempenho analisa as questões de produção, número de empregados e a utilização da capacidade instalada dos industriais.

Para o economista Fernando Carvalho Dantas, isso se deve possivelmente aos efeitos dos últimos meses do ano de 2022, que, segundo ele, foram muito bons para o setor. Dantas reforça que as pequenas indústrias desempenham um papel fundamental na economia brasileira. “Elas se integram em cadeias produtivas que normalmente se compõem de outras empresas que geram um efeito multiplicador e que acabam sendo bastante importante na geração de riquezas para o país”.

O presidente da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa, deputado Jorge Goetten (PL-SC), acredita que o cenário relativamente positivo vai além. “Vários fatores contribuíram para a melhora no desempenho, como o espírito empreendedor do brasileiro no comércio, na indústria e em outros setores e a retomada das atividades pós-pandemia, que possibilitaram o aquecimento da economia permitindo que o dinheiro voltasse a circular.”

Sobre o Panorama da Pequena Indústria

O Panorama da Pequena Indústria elenca quatro indicadores: desempenho, situação financeira, perspectivas e índice de confiança. Todos os índices variam de 0 a 100 pontos. Quanto maior ele for, melhor é a performance do setor.

A composição dos índices leva em consideração itens como volume de produção, número de empregados, utilização da capacidade instalada, satisfação com o lucro operacional, situação financeira, facilidade de acesso ao crédito, expectativa de evolução da demanda e intenção de investimento e de contratações. Além disso, a pesquisa também traz o ranking dos principais problemas enfrentados pelas MPEs em cada trimestre.

A pesquisa é divulgada trimestralmente com base na análise dos dados da pequena indústria levantados na Sondagem Industrial, na Sondagem Indústria da Construção e no Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI). Todos os meses, as pesquisas ouvem cerca de 900 empresários de empresas de pequeno porte.

Fonte: Brasil 61 – https://brasil61.com/n/primeiro-trimestre-de-2023-reflete-bom-desempenho-das-micro-e-pequenas-industrias-pind233965

MEIs crescem em meio à pandemia.

O Brasil deve registrar, em 2020, o maior nível de empreendedorismo de sua história. Impulsionados pela crise gerada pela pandemia do coronavírus, os brasileiros estão buscando na atividade empreendedora uma alternativa de renda. Com isso, uma estimativa feita pelo Sebrae (em sua pesquisa Global Entrepreneurship Monitor – GEM) aponta que aproximadamente 25% da população adulta estará envolvida, até o fim do ano, na abertura de um novo negócio ou com uma empresa com até 3,5 anos de atividade.

Os dados do Ministério da Economia confirmam essa tendência. Somente no primeiro semestre de 2020, o número de microempreendedores individuais (MEI) no País cresceu 10,2%, na comparação com o mesmo período do ano passado, chegando a 10,3 milhões de registros. Foram 892.988 novas formalizações nos seis primeiros meses do ano, um recorde histórico semestral, segundo dados do Portal do Empreendedor, do governo federal.

O Brasil tem atualmente mais de 17 milhões de pequenos negócios (7 milhões de micro e pequenas empresas e 10,9 milhões de MEI). Juntos, eles representam 99% de todas as empresas do país e são responsáveis por cerca 30% do PIB.

Dados do Ministério da Economia apontam que as empresas optantes do Simples Nacional geram mais da metade dos empregos formais (cerca de 55% do estoque de empregos formais) e participam de 44% da massa salarial. Um dado muito positivo, segundo o Sebrae, é que os pequenos negócios estão implementando inovação para enfrentar o contexto da crise imposto pela pandemia.

Segundo levantamento feito pelo Sebrae na última semana de agosto, as vendas online continuam em alta entre as micro e pequenas empresas que têm utilizado canais digitais, como as redes sociais, aplicativos ou internet como plataformas para comercialização de produtos e serviços.

Enquanto no levantamento feito no final de maio, 59% das empresas utilizavam esses canais, atualmente esse percentual já chega a 67%. Entre os empresários ouvidos, 16% passaram a vender por meio de ferramentas digitais a partir da chegada do coronavírus ao País.

A mesma série de pesquisas iniciada em março, mostrou que os pequenos negócios que estão com as dívidas em dia têm algumas características em comum: são aqueles que mais utilizavam vendas pelas redes sociais antes da pandemia (53%) e já usavam ferramentas digitais de gestão do negócio.

Ainda de acordo com as pesquisas do Sebrae, na última semana de agosto, 12% das Micro e Pequenas Empresas haviam efetuado contratações nos últimos 30 dias. Na mesma medida, vem caindo ao longo dos últimos meses o percentual de MPE que demitiram funcionários. No levantamento feito na primeira semana de abril, 18% das MPE haviam demitido. Na última pesquisa (agosto), esse percentual caiu para 8%.

O presidente do Sebrae, Carlos Melles, destaca que “o empreendedor brasileiro está dando uma incrível prova de resiliência e da sua capacidade de se adaptar, de se reinventar” em meio a crise do novo coronavírus. Ele complementa que: “Toda crise representa um desafio, mas pode ser também uma oportunidade para o empreendedor criar soluções inovadoras, que contribuam com o desenvolvimento e a profissionalização. As principais lições que a crise deixa são: a importância do planejamento, da qualificação da gestão e do investimento em inovação”.

A formalização permite a emissão de notas fiscais, aluguel de máquinas de cartão e acesso a empréstimos (com juros mais baratos), a venda dos produtos ou serviços para o governo e, é claro, tributação simplificada e menor do que a de médias e grandes empresas. O empresário é enquadrado no Simples Nacional e fica isento dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL).

Busca por ‘abrir MEI’ teve aumento de 222% em busca na internet

Pesquisa realizada pela empresa de marketing digital SEMrush aponta que o termo “abrir MEI” teve um aumento de 222% nas buscas no Google no mês de agosto de 2020, comparado ao mesmo mês no ano anterior. O crescimento é espelho do fenômeno de formalização deflagrado pela pandemia do novo coronavírus no Brasil, tendo em vista que número de microempreendedores individuais cadastrados no Portal do Empreendedor teve alta de 11,5% ante ao mesmo período do ano passado, o que é equivale a cerca de 84 mil novatos no empreendedorismo.

O levantamento da SEMrush mostra que março, mês em que a pandemia do novo coronavírus teve início no Brasil, registrou 74 mil buscas do mesmo termo, enquanto em agosto deste ano o dado pulou para 110 mil. Outros termos que tiveram 100% de aumento nas buscas no Google, segundo levantamento da SEMrush foram CNPJ, MEI, DAS MEI, CNPJ Receita, MEI boleto, consulta CNPJ, portal do MEI, busca ou cartão CNPJ, simples nacional MEI e situação cadastro MEI.

O contador e um dos fundadores do Easymei, aplicativo de auxílio e gestão focado em microempreendedores, Alexandre de Carvalho, explica que a busca reflete a dificuldade do empreendedor em abrir facilmente sua empresa e gerir seu negócio. “Ainda há falta de informação e processos muito burocráticos para abertura da empresa. Com isso, o mercado conta hoje com aplicativos que facilitam o processo e ajudam na abertura via internet, com o objetivo de auxiliar o microempreendedor a formalizar seu negócio e aumentar sua renda”, destaca Carvalho.

A taxa de desemprego no País atingiu em agosto, segundo o IBGE, seu maior patamar desde maio, contabilizando 13,7 milhões de pessoas. O crescimento dos MEIs no Brasil é bastante impulsionado por números como esses. Só entre maio e julho, cerca de três milhões de pessoas ficaram sem trabalho. Por isso, os especialistas salientam que os estreantes no empreendedorismo devem buscar maneiras de compreender cada vez melhor seu negócio para que a saída encontrada não se torne uma armadilha.

O planejamento financeiro é a principal ferramenta de sucesso, diz Alberto Hamoui, do Hybank, uma fintech que disponibiliza uma conta de pagamento digital para microempreendedores. “É preciso ter uma organização, no que diz respeito às finanças, para que consigam ter o menor impacto quando futuras crises surgirem”, completa Hamoui.

A abertura do próprio negócio, ainda que pequeno, é uma alternativa real ao desemprego. “Hoje o MEI é uma das portas de entrada para a abertura do seu negócio no Brasil, por ser uma das formas mais simples e baratas. O empresário só terá a obrigação de pagar o imposto da guia DAS, mensalmente, no valor aproximado de R$ 55, fazer o relatório mensal e realizar a sua declaração anual”, explica o contador.

Pandemia ressalta a importância da formalização para a qualidade de vida

Além dos brasileiros que se viram sem uma fonte de renda e decidiram empreender, outros perfis de clientes procuraram a contadora Eliane Soares, sócia do escritório ERS Contabilidade e Assessoria Empresarial, desde março. Houve um número grande de empreendedores que já são MEI, mas tinham pendências com a Receita Federal, e também de pequenos empreendedores que precisavam formalizar o negócio para serem contemplados em alguma linha de financiamento aberta nesse período pelo governo federal.

Os MEIs contaram com aval do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe) e acesso ao crédito pelo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), além da liberação do FGTS. “Muita gente nos procurou em busca de assessoria para aproveitar essa facilidade e acessar alguma linha de financiamento – algo que antes era muito difícil de ser acessado dadas as exigências feitas pelos bancos”, comenta Eliane.

Um relato cada vez mais comum é também o de pessoas que tiveram de fechar os negócios durante meses e passaram a contar apenas com o auxílio emergencial para sustento da família. “Isso fez com que muitas pessoas pensassem no futuro e em como iriam levar a vida caso ficassem doentes. O MEI dá a segurança de que a contribuição ao INSS está sendo feita e que a pessoa terá direito ao auxílio-doença e à licença-maternidade”, exemplifica Eliane.

Dicas simples para quem é Microempreendedor Individual manter a saúde do negócio em dia

– Abrir contas-correntes distintas para as finanças pessoais e as da empresa. Isso ajuda a manter a organização e evitar dores de cabeça na hora de fazer a Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (DIRPF).

– Defina um salário mensal. Aqui vale lembrar que o pró-labore do MEI, que serve de base para o cálculo da contribuição mensal, é um salário-mínimo.

– Crie o hábito de fazer um controle financeiro. Faça uma tabela com o valor do produto ou serviço que você comercializa ou presta, anote a forma de pagamento, a data dos gastos e o valor da receita da sua empresa e quanto recebe de pagamentos (à vista ou parcelados).

– Tenha controle de tudo que for gasto com o negócio, como por exemplo, o transporte para atender um cliente ou a compra de mercadorias e equipamentos. Não misture gastos pessoais com os do seu negócio.

– Mantenha o pagamento da guia mensal sempre em dia. Se deixar acumular, não se assuste, entre no site do Portal do Empreendedor ou procure um contador e retome o pagamento das parcelas atrasadas e atuais.

– Busque a assessoria de um profissional contábil. Se não tiver como manter os honorários de uma contratação mensal, não deixe de procurar ajuda naqueles momentos críticos, como na hora de elaborar a declaração do Imposto de Renda ou a declaração anual do MEI.

Consultoria atende a microempreendedores ‘mais humildes’

“Meu trabalho é como o de uma clínica popular contábil”, descreve Silva Leandro, técnico em contabilidade especializado no atendimento ao microempreendedores individuais (MEIs) em analogia é à onda bastante recente de clínicas de saúde popular. Ele faz questão de lembrar que é graduado em Gestão Financeira e Administração, tem MBA em Controladoria e é pós-graduado em Direito Tributário e Docência do Ensino Superior, e que trabalhar com esse nicho de mercado que não para de crescer foi uma escolha.

“Moro em Viamão e a maioria das pessoas aqui não têm como sustentar ‘um honorário’ e, mesmo assim, por ser mais humilde, nunca deixa de pagar”, salienta. O serviço prestado por Silva Leandro não conta com um grande número de clientes fixos – com contrato mensal, por exemplo. Mas sua carteira de clientes passa de 400.

Normalmente são pessoas que querem formalizar o negócio mas não têm acesso à internet ou segurança para fazerem tudo sozinha. É também gente que já tem MEI e está com alguma dificuldade para emitir as guias de pagamento, para comprovar ao banco o rendimento mensal ou que está com pendência com a Receita. Elas vão em busca da assessoria de um profissional contábil e encontram um consultor capaz de ajudá-lo na solução de questões bem pontuais.

Seu foco desde 2009 são os microempreendedores individuais, “normalmente os mais humildes”, descreve o profissional. “O número de clientes só aumenta e ainda tem muitos profissionais contábeis que não veem o potencial. Antigamente, quando eu comecei, nem os bancos queriam abrir conta ou fazer um financiamento para os MEIs. Hoje, eles tratam os MEIs como deuses”, comenta.

A pandemia, diz Leandro, revelou para muita gente desigualdades que ele mesmo já percebia. “Muitas famílias não têm acesso à internet, contam com apenas um celular para dar conta de tudo, não têm familiaridade com sistemas como o Portal do Empreendedor, não sabem emitir uma nota”, diz, ressaltando que o papel social do profissional contábil deve ser atender também a essas pessoas.

Mesmo assim, o empresário contábil não fica apenas esperando os clientes irem ao seu encontro. Com sua experiência ele também vai atrás dos empreendedores para apresentar soluções, como no caso daqueles negócios que enfrentavam dificuldades. “Eu mostrei para os empresários que uma solução podia ser fechar o negócio, indenizar corretamente os empregados e se formalizar como MEI”, explica.

Para o especialista, o mais importante é que as pessoas acessem à modalidade do microempreendedor individual e estejam formalizadas para a garantia da sua sobrevivência. “E para isso procurem um profissional contábil. Só nós podemos comprovar sua movimentação financeira na hora de buscar um financiamento, colaborar com a organização da sua conta pessoa jurídica e apresentar soluções ao negócio”, pontua.

FONTE: https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/cadernos/jc_contabilidade/2020/10/760441-meis-crescem-em-meio-a-pandemia.html

Antecipação de Recebíveis; Fomento Mercantil; factoring sao paulo; Desconto de Duplicatas; Crédito, Factoring, Desconto de Duplicatas.

Ajuda do governo só chegou a 15% das micros e pequenas empresas.

Apesar das medidas do governo para auxiliar os empresários brasileiros de todos os tamanhos com empréstimos facilitados, grande parte dos recursos não chegou às pequenas e microempresas, que agora, quando se aproxima o fim dos auxílios e linhas de crédito emergenciais concedidos na pandemia de covid-19, ainda precisam lidar com outro problema: pagar tributos atrasados.

isso, serão necessários mais recursos para financiar esses empresários e os empreendedores individuais a manter suas atividades e que o Congresso Nacional aprove propostas para renegociar ou até mesmo perdoar as dívidas tributárias.

As observações e sugestões foram feitas durante audiência pública da comissão mista que fiscaliza as ações do governo no combate à pandemia da covid-19, ocorrido na terça-feira (13).

Participaram representantes dos grandes bancos públicos, de cooperativas de crédito e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Segundo o presidente do Sebrae, Carlos Melles, pelo menos 50% dos micros e pequenos empresários nem tentaram recorrer ao crédito pelas dificuldade burocráticas que encontram. Dessa metade que procurou, apenas 22% obtiveram sucesso, ou seja, 15% do total.

Isso precisa ser ampliado e, principalmente no contexto de crise causada pela pandemia, os devedores também vão precisar de auxílio para se reerguer, defendeu.

Nós estamos hoje com 63 milhões de brasileiros inadimplentes. Esses estão no limbo, esses estão foram de atividade. Se nós não reincluirmos esses 63 milhões de brasileiros, quase 1/3 dos brasileiros, nós vamos ter que nação? Uma nação de excluídos.

Por isso estamos pensando numa moratória dos impostos, num novo Refis, e até pensando numa anistia, para colocar de novo esse time de empreendedores no mercado. Lá fora, quem erra uma vez, erra duas ou três, todo mundo fala assim: “Esse tem experiência. Agora, retoma”.

, se errou uma vez ou se está excluído uma vez, não tem condições de retomar mais. Portanto, é um dos problemas mais sérios e mais importantes para o Brasil — avaliou.

Alavancagem

Gerente de Políticas Públicas do Sebrae Nacional, Silas Santiago alertou que a retomada econômica não está ocorrendo de maneira homogênea, nem regionalmente, nem em todos os setores, o que pode impactar até mesmo numa segunda onda de fechamento de empresas.

Até agora, foram atendidas cerca de 500 mil empresas com recursos emergenciais, informou.

Santiago fez sugestões técnicas para elevar os empréstimos com recursos do Tesouro Nacional, com aumento de alavancagem (estratégias para ampliar o montante emprestado, sem tanta garantia do governo), deslocamento de recursos não utilizados de programas como o Pese (que financiou a folha de pagamento das empresas maiores e tem pelo menos R$ 17 bilhões sem uso) para o Pronampe (que socorre as pequenas empresas), e a separação de montantes distintos para as micros e as pequenas, já que essas, por terem mais garantias, acabam sendo as maiores beneficiadas com crédito.

O gerente também defendeu a aprovação de dois projetos, ambos do senador Jorginho Mello (PL-SC), em andamento no Congresso: o PLP 200/2020, que é a moratória dos tributos do Simples Nacional, e o PLP 224/2020, que institui o Refis do Simples Nacional, além de um marco legal do reempreendedorismo, para que as empresas se reorganizem, com todos os passivos causados pela pandemia, para poder recomeçar a atuar.

O presidente da Confederação Nacional das Micro e Pequenas Empresas e Empreendedores Individuais (Conampe), Ercílio Santinoni, também fez um apelo nesse sentido.

Precisamos é facilitar o pagamento dos tributos. E temos que nos preocupar em reorganizar a recuperação judicial, os que vão ter problemas podem ter a vida facilitada com uma recuperação judicial simplificada.

Não vejo dificuldade no pagamento concedido a micros e pequenas empresas, tradicionalmente ela já não é caloteira — disse.

Cooperativas

Representantes dos grandes bancos públicos como Caixa Econômica, Banco do Brasil e BNDES participaram da audiência e disseram que os empresários tiveram crédito, receberam benefícios, como a suspensão do pagamento de dívidas por alguns meses, e educação financeira.

Se o crédito para o pequenino não chegou na ponta, afirmaram, é porque eles não têm acesso a essas grandes instituições.

Segundo a representante da Associação Brasileira de Entidades Operadoras de Microcrédito e Microfinanças (Abcred), Cláudia Cisneiros, essas entidades, que auxiliam o pequeno e o microempreendedor a tomar crédito orientado em parceria com o Sebrae, ficaram impedidas de atuar com recursos do Pronampe, por exemplo, por não se adequarem às exigências.

Isso prejudica o atendimento aos empreendedores da base da pirâmide, o pipoqueiro, aquele que está nas feiras comunitárias, que está nos camelódromos, disse.

Queria fazer uma chamada para que as Oscips [organização da sociedade civil de interesse público] tivessem alíquotas diferenciadas de impostos, porque nós pagamos impostos como uma empresa comum, o que aumenta os nossos custos.

Eu queria que se visse a viabilidade de a gente ter alíquota zero para nossos impostos para, com isso, a gente poder ter taxas mais competitivas para chegar ao nosso cliente, ao nosso empreendedor.

Então, é um pedido para que a gente possa ser um pouco mais olhado.

gente tem bastante expertise para atender esse cliente que a gente ainda está atendendo nesta pandemia pelos meios digitais, mas vocês não têm ideia de como esses clientes ainda têm dificuldade para fazer todo esse processo. Então, esses clientes ainda necessitam desse acompanhamento, desse assessor de crédito, desse apoio — disse.

Ela pediu a aprovação do PL 3.887/2020, que pode conceder às Oscips algumas isenções tributárias.

O senador Esperidião Amin (PP-SC), autor do requerimento para a audiência pública, anunciou que vai elaborar uma proposta para facilitar o acesso ao crédito para os pequenos empreendedores.

Vou pedir à nossa assessoria que elabore um projeto de lei do juro zero nacional para ser operado especialmente com vistas à micro e ao MEI (microempreendedor individual), com limites de R$ 10 mil de empréstimo e de R$ 5 mil de empréstimo para micro e para MEI. é o gabarito do programa juro zero — disse.

Requerimento

Os integrantes da comissão aprovaram requerimento do presidente do colegiado, senador Confúcio Moura (MDB-RO), para audiência pública para debater o Plano de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, desenvolvido pelo Ministério da Saúde e a evolução das prováveis vacinas contra a covid-19, além de prazos, necessidades e possibilidades de imunização dos brasileiros.

FONTE: https://www.douradosagora.com.br/noticias/economia/ajuda-do-governo-so-chegou-a-15-das-micros-e-pequenas-empresas

Antecipação de Recebíveis; Crédito; Desconto de Duplicatas; Desconto de Cheques; Factoring; Fomento Mercantil, Factoring São Paulo.

Aumento de Crédito e do Capital de Giro

Apesar das dificuldades econômicas dos últimos anos, as perspectivas de aumento do crédito para empresas são positivas segundo economistas.
A Portogaia Fomento Mercantil, através da antecipação dos recebimentos futuros das empresas, contribui para o aumento do crédito e do capital de giro tão necessário para os empresários nos dias de hoje.

Juros e inadimplência adiam melhora no capital de giro para o 2º semestre

Cautela frente às incertezas macroeconômicas e políticas de 2018 e o alto custo dos empréstimos fazem com que empresários prefiram trabalhar com menos vendas do que tomarem dívidas

O crédito para capital de giro só melhorará a partir do segundo semestre de 2018. Com dificuldade na tomada de empréstimos frente aos altos juros e inadimplência, empresário optará por trabalhar em menores patamares de venda e produção a se endividar.

Mesmo com a melhora no consumo e frente ao custo menor dos financiamentos – puxado principalmente pela queda da taxa básica de juros (Selic) –, as empresas ainda demonstram dificuldade em manter seus compromissos.

Os últimos dados do Banco Central (BC), por exemplo, apontam que já em janeiro o índice de calotes da linha subiu 2,4 pontos percentuais (p.p.) ante igual mês de 2017 (de 4,1% para 6,5%), em prazos abaixo de 365 dias.

Já para os empréstimos com períodos acima de um ano, a inadimplência foi de 5,5% para 6,3% (+0,8 p.p.) na mesma base de comparação.

“Vemos um movimento de recuperação por parte das empresas, mas além da dificuldade ao acesso do crédito, os juros da modalidade ainda são muito voláteis e instáveis, principalmente para o segmento de pequenas e médias companhias”, pontua o CEO da Nexoos, Daniel Gomes.

A taxa média de juros totais para os financiamentos de capital de giro ficou em 18,8% ao ano (a.a.), queda de 5,6 p.p. em relação a igual mês de 2017 de, 24,4% a.a..

As concessões, por sua vez, totalizaram R$ 11,166 bilhões, redução de 12,2% na mesma relação (R$ 12,718 bilhões).

Segundo o professor de economia do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec) Walter Franco Lopes, o custo do crédito ainda está alto para as empresas e apesar de ser um ano melhor, “ninguém apostará na modalidade de forma muito agressiva”.

“Essa é a primeira linha que o empresário procura na recuperação, mas entre trabalhar dentro do que os ganhos permitem e tomar um empréstimo caro, a parcimônia vence. Melhor operar com vendas e produções menores do que se endividar”, explica Lopes.

Boas perspectivas

Da parte dos bancos, por sua vez, que já sinalizam projeções positivas para os empréstimos de capital de giro, a análise macroeconômica e até polícia do País ainda pode influenciar em passos cautelosos.

“Há quedas significativas no volume de falências e avanço do crédito na comparação do trimestre até janeiro. São bons indicativos para os credores”, diz o economista do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC Boa Vista), Flávio Calife.

Dados do birô apontam recuo de 19,8% nas falências no acumulado de 12 meses até fevereiro de 2018 ante o mesmo período do ano anterior.

Além disso, as concessões da linha subiram 18,1% no trimestre móvel até janeiro em relação aos três meses anteriores (de R$ 36,636 bilhões para R$ 43,272 bilhões).

“Claro que o aumento do crédito ainda está limitado pela recuperação das empresas e com certeza demorará alguns anos para voltarmos a patamares anteriores. Mas já no começo do segundo semestre, a tendência de alta já será visível”, completa Calife, do SCPC.

FONTE: https://www.dci.com.br/financas/juros-e-inadimplencia-adiam-melhora-no-capital-de-giro-para-o-2-semestre-1.692653