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Pequenas e médias empresas crescem 7% em 2023

O faturamento das pequenas e médias empresas cresceu 7% em 2023.O Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs) mostra que o setor cresceu 12,7% no quarto trimestre.

De acordo com a pesquisa divulgada mensalmente, o mercado de PMEs mostrou tendência mais clara de crescimento a partir do segundo trimestre de 2023.

Para o economista Felipe Beraldi, apesar da manutenção das taxas de juros em níveis historicamente elevados – que desestimulam o consumo e os investimentos –, as PMEs foram positivamente impactadas pela recuperação da renda das famílias, reflexo dos efeitos mais favoráveis vindos do mercado de trabalho.

O economista avalia que a renda também foi favorecida por diversas medidas de política econômica (como a ampliação do Bolsa Família e a valorização real do salário-mínimo) e pelo maior controle inflacionário observado no país – que tem reflexos diretos sobre o poder de compra das famílias.

“Além deste contexto, a normalização das cadeias globais de produção – após efeitos mais duradouros da pandemia – também favoreceu o desempenho das pequenas indústrias”, diz Beraldi.

Qual setor mais cresceu em 2023

O desempenho do IODE-PMEs em 2023 guarda diferenças setoriais bastante significativas, com o resultado positivo tendo sido condicionado, especialmente, por atividades da Indústria e de Serviços.

Indústria e de Serviços

O principal contribuinte ao crescimento no ano anterior foi o segmento industrial, em que o IODE-PMEs mostrou avanço expressivo de 17%.

Segundo Beraldi, vale ressaltar que o crescimento visto no ramo se mostra disseminado entre as atividades, considerando que dos 23 subsetores da indústria de transformação acompanhados pelo índice, 20 mostraram crescimento em 2023.

Serviços

O IODE-PMEs indica que as PMEs de Serviços também apresentaram crescimento de 9,8% no quarto trimestre e encerrando o ano com alta de 4,4%.

“A recuperação do segmento, inclusive, contribuiu para os bons resultados vistos no mercado de trabalho, uma vez que a maior parte do crescimento do saldo de trabalhadores formais foi alocada em atividades do setor de Serviços em 2023”, diz o economista.

Comércio

O índice mostra que houve retração nos segmentos de PMEs do Comércio de 3,6% na comparação com 2022. O recuo no ano foi observado de maneira disseminada, tanto no segmento varejista (-6,2%), quanto no atacado (-0,9%). No atacado, os dados mais recentes do IODE-PMEs já indicam reação, haja vista o crescimento de 3,7% verificado no quarto trimestre de 2023 em termos anuais.

Infraestrutura

No segmento de Infraestrutura, por sua vez, a queda de 2% em 2023 foi ocasionado pela retração em atividades de ‘Obras de infraestrutura’ e ‘Coleta, tratamento e disposição de resíduos’.

No entanto, já se observa uma recuperação do IODE-Infraestrutura recentemente, com  crescimento de 4% no quatro trimestre de 2023, resultado da performance positiva das atividades de ‘Serviços especializados para construção’.

Todas as regiões cresceram em 2023

Na análise por região, o IODE-PMEs mostrou que o crescimento das PMES em 2023 foi disseminado por todo o Brasil:

  • Sudeste (+6,3% ante 2022)
  • Sul (+5,3%)
  • Nordeste (+7,5%)
  • Centro-Oeste (+9,8%)
  • Norte (+21,3%)

A região Norte se registrou o maior crescimento anual por conta da base de comparação significativamente fraca do ano anterior.

Fonte: https://exame.com/negocios/pequenas-e-medias-empresas-crescem-7-em-2023/

FMI prevê crescimento de 2,1% na economia brasileira em 2023

O Fundo Monetário Internacional (FMI) fez uma previsão de que a economia do Brasil deve crescer 2,1% neste ano e 1,2% em 2024. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (31) no relatório regular de supervisão da economia brasileira (2023 Article IV Consultation).

Chamando a proposta do governo brasileiro de “ambiciosa agenda de crescimento inclusivo e sustentável”, a organização internacional prevê um crescimento em torno de 2% no médio prazo.

Embora haja um indicativo positivo, o Ministério da Fazenda considera os números abaixo da media das estimativas de mercado e vê como conservadora a previsão do FMI.

Para atingir a proposta do governo, a organização destaca que o Brasil precisará enfrentar desafios econômicos de curto e longo prazos. O crescimento potencial relativamente baixo, a inflação, o endividamento das famílias, a falta de espaço fiscal para gastos prioritários e até mesmo os riscos em decorrência das mudanças climáticas foram alguns dos impasses apontados no relatório.

Já como elementos positivos para a economia brasileira, foram mencionados políticas como a reforma tributária, o novo arcabouço fiscal, o fortalecimento de mecanismos de resolução de disputas tributárias e o Programa Desenrola do governo federal.

FONTE: https://cultura.uol.com.br/noticias/60409_fmi-preve-que-a-economia-do-brasil-deve-crescer-21-em-2023.html

Setor de serviços recua 3,1% em janeiro após pico da série, mostra IBGE

O volume de serviços prestados no país caiu 3,1% em janeiro, na série com ajuste sazonal, depois de ter alcançado em dezembro o ponto mais alto da série histórica, iniciada em 2011. O resultado do mês anterior foi revisto de 3,1% para 2,9%. Os dados são da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços), divulgada nesta sexta-feira (14) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Apesar de estar 10,3% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020), o setor começa o ano com tom negativo, em um cenário de desafios, marcado pelo aumento dos juros e pela perda de força da economia global.

Na comparação com janeiro de 2022, no entanto, houve expansão de 6,1% (na série sem ajuste sazonal), a 23ª taxa positiva consecutiva. O acumulado em doze meses, que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior, passou de 8,3%, em dezembro de 2022, para 8,0% em janeiro de 2023, o menor resultado desde setembro de 2021 (6,8%).

Em 2022, o volume de serviços prestados no Brasil cresceu 8,3% e fechou o ano no maior nível anual da série histórica.

O índice de janeiro de 2023 ficou abaixo da mediana (-1,4%) das estimativas de alguns analistas, que previam desde uma queda de 4,7% a uma alta de 0,7%. Mas, de acordo com a previsão do IBGE, haveria elevação entre 4,3% e 10,3%, com mediana positiva de 7,5%.

Claudia Moreno, economista do C6 Bank, disse que o resultado ficou abaixo da projeção feita pelos especialistas da instituição, de alta de 0,2%, o que anula a forte alta de 2,9% registrada em dezembro.

“O resultado de janeiro corrobora nossa visão de que a resiliência demonstrada por serviços ao longo de 2022 vai começar a diminuir daqui para a frente. O setor, um dos mais prejudicados na pandemia, vinha se beneficiando da reabertura da economia e consequente retomada de atividades que voltaram com força, caso das viagens, shows e passeios. Mas o efeito positivo da reabertura já se dissipou e agora o setor deve começar a sentir mais fortemente os efeitos dos juros altos”, explicou a economista.

Ela afirmou que o mercado de trabalho aquecido e o aumento da massa salarial são fatores que ajudam a amortizar a perda de fôlego do setor, pois incentivam o consumo de serviços. Como exemplo, cita o segmento de serviços prestados às famílias, que cresceu 1% em janeiro na comparação com dezembro.

“O dado de hoje não altera nossa previsão de crescimento do PIB de 1,5% em 2023. Para 2024, a projeção é que o PIB tenha um aumento de 1%”, afirmou Cláudia.

O setor de serviços vem de dois anos seguidos de resultados positivos alimentados pela reabertura da economia após a pandemia de Covid-19, mas neste ano não deve ganhar muito mais força, uma vez que, assim como o restante da economia, passa a sentir com mais força os efeitos defasados da elevação nos juros no país, além da desaceleração da economia global.

A receita bruta nominal do setor de serviços subiu 0,1% em janeiro ante dezembro. Na comparação com janeiro de 2022, houve avanço de 12,9% na receita nominal.

De acordo com o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, a queda de janeiro elimina o ganho acumulado de 3,0% nos dois últimos meses de 2022. Ele ressalta, entretanto, que a base de comparação está em um patamar elevado.

“O setor de serviços continua muito próximo do seu ponto mais alto da série, alcançado no mês passado, o que o coloca em um patamar 10,3% acima do nível pré-pandemia”, disse ele.

Maiores influências

De acordo com o IBGE, o desempenho do setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios, com queda de 3,7% no volume de serviços, exerceu a maior influência negativa no resultado do mês.

“A queda do setor é explicada pela parte de armazenagem, que recuou 9,0%, com destaque negativo para gestão de portos e terminais, assim como o transporte aéreo de passageiros, que recuou 5,9% no mês”, explicou Lobo.

O índice de atividades turísticas, por sua vez, avançou 0,5% frente ao mês imediatamente anterior, acumulando o segundo resultado positivo seguido, com ganho de 5,3%.

O segmento de turismo está 2,5% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 4,6% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014, informou o IBGE.

O instituto explicou que essa foi a primeira divulgação da nova série da pesquisa, que passou por atualizações na seleção da amostra das empresas, ajustes nos pesos dos produtos e das atividades, além de alterações metodológicas, para retratar de maneira mais fiel e precisa as  mudanças econômicas na sociedade.

FONTE: https://noticias.r7.com/economia/setor-de-servicos-recua-31-em-janeiro-apos-pico-da-serie-mostra-ibge-14042023

Pequenas indústrias têm mais dificuldade no acesso a crédito

Pequenas indústrias têm mais dificuldade no acesso a crédito.

Donos de pequenos negócios do setor da indústria são os que têm a pior avaliação sobre a obtenção de empréstimos no país, de acordo com a Sondagem das Micro e Pequenas Empresas, realizada pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), em parceria com a FGV (Fundação Getúlio Vargas),

Apesar da percepção de melhoria de acesso ao crédito ter crescido, quase 33% dos donos de micro e pequenas indústrias consideram o grau de exigência para concessão ou renovação de empréstimos bancários alto, 57,3% moderado e apenas 10% acreditam que é baixo.

Por essa razão, para o Sebrae é importante o desenvolvimento de políticas públicas que facilitem o uso de garantias, como é o caso do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), que voltou a vigorar neste mês.

Pronampe

Criado no ano passado para ajudar micro e pequenas empresas afetadas pela pandemia de covid-19, o Pronampe tornou-se permanente em 2021, mas o volume que pode ser emprestado depende da quantia injetada no FGO (Fundo Garantidor de Operações), que cobre os eventuais calotes dos tomadores de empréstimos. Nos primeiros dez dias de funcionamento, o programa já emprestou 40% dos recursos.

Já os empreendedores do setor de serviços, apesar de serem um dos mais afetados pela pandemia e com grande parte do faturamento reduzido, veem o acesso a crédito de uma forma mais positiva. Segundo o Sebrae, para 25,6% deles as exigências são altas e 14,6% consideram baixas. Para 59,8%, as exigências são normais.

No caso do comércio, para 75,7% dos empresários as exigências são normais, o que, na visão do Sebrae, pode estar associado ao uso mais tradicional de montantes menores e para capital de giro.

FONTE: https://noticias.r7.com/economia/pequenas-industrias-tem-mais-dificuldade-no-acesso-a-credito-21072021

MEIs crescem em meio à pandemia.

O Brasil deve registrar, em 2020, o maior nível de empreendedorismo de sua história. Impulsionados pela crise gerada pela pandemia do coronavírus, os brasileiros estão buscando na atividade empreendedora uma alternativa de renda. Com isso, uma estimativa feita pelo Sebrae (em sua pesquisa Global Entrepreneurship Monitor – GEM) aponta que aproximadamente 25% da população adulta estará envolvida, até o fim do ano, na abertura de um novo negócio ou com uma empresa com até 3,5 anos de atividade.

Os dados do Ministério da Economia confirmam essa tendência. Somente no primeiro semestre de 2020, o número de microempreendedores individuais (MEI) no País cresceu 10,2%, na comparação com o mesmo período do ano passado, chegando a 10,3 milhões de registros. Foram 892.988 novas formalizações nos seis primeiros meses do ano, um recorde histórico semestral, segundo dados do Portal do Empreendedor, do governo federal.

O Brasil tem atualmente mais de 17 milhões de pequenos negócios (7 milhões de micro e pequenas empresas e 10,9 milhões de MEI). Juntos, eles representam 99% de todas as empresas do país e são responsáveis por cerca 30% do PIB.

Dados do Ministério da Economia apontam que as empresas optantes do Simples Nacional geram mais da metade dos empregos formais (cerca de 55% do estoque de empregos formais) e participam de 44% da massa salarial. Um dado muito positivo, segundo o Sebrae, é que os pequenos negócios estão implementando inovação para enfrentar o contexto da crise imposto pela pandemia.

Segundo levantamento feito pelo Sebrae na última semana de agosto, as vendas online continuam em alta entre as micro e pequenas empresas que têm utilizado canais digitais, como as redes sociais, aplicativos ou internet como plataformas para comercialização de produtos e serviços.

Enquanto no levantamento feito no final de maio, 59% das empresas utilizavam esses canais, atualmente esse percentual já chega a 67%. Entre os empresários ouvidos, 16% passaram a vender por meio de ferramentas digitais a partir da chegada do coronavírus ao País.

A mesma série de pesquisas iniciada em março, mostrou que os pequenos negócios que estão com as dívidas em dia têm algumas características em comum: são aqueles que mais utilizavam vendas pelas redes sociais antes da pandemia (53%) e já usavam ferramentas digitais de gestão do negócio.

Ainda de acordo com as pesquisas do Sebrae, na última semana de agosto, 12% das Micro e Pequenas Empresas haviam efetuado contratações nos últimos 30 dias. Na mesma medida, vem caindo ao longo dos últimos meses o percentual de MPE que demitiram funcionários. No levantamento feito na primeira semana de abril, 18% das MPE haviam demitido. Na última pesquisa (agosto), esse percentual caiu para 8%.

O presidente do Sebrae, Carlos Melles, destaca que “o empreendedor brasileiro está dando uma incrível prova de resiliência e da sua capacidade de se adaptar, de se reinventar” em meio a crise do novo coronavírus. Ele complementa que: “Toda crise representa um desafio, mas pode ser também uma oportunidade para o empreendedor criar soluções inovadoras, que contribuam com o desenvolvimento e a profissionalização. As principais lições que a crise deixa são: a importância do planejamento, da qualificação da gestão e do investimento em inovação”.

A formalização permite a emissão de notas fiscais, aluguel de máquinas de cartão e acesso a empréstimos (com juros mais baratos), a venda dos produtos ou serviços para o governo e, é claro, tributação simplificada e menor do que a de médias e grandes empresas. O empresário é enquadrado no Simples Nacional e fica isento dos tributos federais (Imposto de Renda, PIS, Cofins, IPI e CSLL).

Busca por ‘abrir MEI’ teve aumento de 222% em busca na internet

Pesquisa realizada pela empresa de marketing digital SEMrush aponta que o termo “abrir MEI” teve um aumento de 222% nas buscas no Google no mês de agosto de 2020, comparado ao mesmo mês no ano anterior. O crescimento é espelho do fenômeno de formalização deflagrado pela pandemia do novo coronavírus no Brasil, tendo em vista que número de microempreendedores individuais cadastrados no Portal do Empreendedor teve alta de 11,5% ante ao mesmo período do ano passado, o que é equivale a cerca de 84 mil novatos no empreendedorismo.

O levantamento da SEMrush mostra que março, mês em que a pandemia do novo coronavírus teve início no Brasil, registrou 74 mil buscas do mesmo termo, enquanto em agosto deste ano o dado pulou para 110 mil. Outros termos que tiveram 100% de aumento nas buscas no Google, segundo levantamento da SEMrush foram CNPJ, MEI, DAS MEI, CNPJ Receita, MEI boleto, consulta CNPJ, portal do MEI, busca ou cartão CNPJ, simples nacional MEI e situação cadastro MEI.

O contador e um dos fundadores do Easymei, aplicativo de auxílio e gestão focado em microempreendedores, Alexandre de Carvalho, explica que a busca reflete a dificuldade do empreendedor em abrir facilmente sua empresa e gerir seu negócio. “Ainda há falta de informação e processos muito burocráticos para abertura da empresa. Com isso, o mercado conta hoje com aplicativos que facilitam o processo e ajudam na abertura via internet, com o objetivo de auxiliar o microempreendedor a formalizar seu negócio e aumentar sua renda”, destaca Carvalho.

A taxa de desemprego no País atingiu em agosto, segundo o IBGE, seu maior patamar desde maio, contabilizando 13,7 milhões de pessoas. O crescimento dos MEIs no Brasil é bastante impulsionado por números como esses. Só entre maio e julho, cerca de três milhões de pessoas ficaram sem trabalho. Por isso, os especialistas salientam que os estreantes no empreendedorismo devem buscar maneiras de compreender cada vez melhor seu negócio para que a saída encontrada não se torne uma armadilha.

O planejamento financeiro é a principal ferramenta de sucesso, diz Alberto Hamoui, do Hybank, uma fintech que disponibiliza uma conta de pagamento digital para microempreendedores. “É preciso ter uma organização, no que diz respeito às finanças, para que consigam ter o menor impacto quando futuras crises surgirem”, completa Hamoui.

A abertura do próprio negócio, ainda que pequeno, é uma alternativa real ao desemprego. “Hoje o MEI é uma das portas de entrada para a abertura do seu negócio no Brasil, por ser uma das formas mais simples e baratas. O empresário só terá a obrigação de pagar o imposto da guia DAS, mensalmente, no valor aproximado de R$ 55, fazer o relatório mensal e realizar a sua declaração anual”, explica o contador.

Pandemia ressalta a importância da formalização para a qualidade de vida

Além dos brasileiros que se viram sem uma fonte de renda e decidiram empreender, outros perfis de clientes procuraram a contadora Eliane Soares, sócia do escritório ERS Contabilidade e Assessoria Empresarial, desde março. Houve um número grande de empreendedores que já são MEI, mas tinham pendências com a Receita Federal, e também de pequenos empreendedores que precisavam formalizar o negócio para serem contemplados em alguma linha de financiamento aberta nesse período pelo governo federal.

Os MEIs contaram com aval do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe) e acesso ao crédito pelo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), além da liberação do FGTS. “Muita gente nos procurou em busca de assessoria para aproveitar essa facilidade e acessar alguma linha de financiamento – algo que antes era muito difícil de ser acessado dadas as exigências feitas pelos bancos”, comenta Eliane.

Um relato cada vez mais comum é também o de pessoas que tiveram de fechar os negócios durante meses e passaram a contar apenas com o auxílio emergencial para sustento da família. “Isso fez com que muitas pessoas pensassem no futuro e em como iriam levar a vida caso ficassem doentes. O MEI dá a segurança de que a contribuição ao INSS está sendo feita e que a pessoa terá direito ao auxílio-doença e à licença-maternidade”, exemplifica Eliane.

Dicas simples para quem é Microempreendedor Individual manter a saúde do negócio em dia

– Abrir contas-correntes distintas para as finanças pessoais e as da empresa. Isso ajuda a manter a organização e evitar dores de cabeça na hora de fazer a Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (DIRPF).

– Defina um salário mensal. Aqui vale lembrar que o pró-labore do MEI, que serve de base para o cálculo da contribuição mensal, é um salário-mínimo.

– Crie o hábito de fazer um controle financeiro. Faça uma tabela com o valor do produto ou serviço que você comercializa ou presta, anote a forma de pagamento, a data dos gastos e o valor da receita da sua empresa e quanto recebe de pagamentos (à vista ou parcelados).

– Tenha controle de tudo que for gasto com o negócio, como por exemplo, o transporte para atender um cliente ou a compra de mercadorias e equipamentos. Não misture gastos pessoais com os do seu negócio.

– Mantenha o pagamento da guia mensal sempre em dia. Se deixar acumular, não se assuste, entre no site do Portal do Empreendedor ou procure um contador e retome o pagamento das parcelas atrasadas e atuais.

– Busque a assessoria de um profissional contábil. Se não tiver como manter os honorários de uma contratação mensal, não deixe de procurar ajuda naqueles momentos críticos, como na hora de elaborar a declaração do Imposto de Renda ou a declaração anual do MEI.

Consultoria atende a microempreendedores ‘mais humildes’

“Meu trabalho é como o de uma clínica popular contábil”, descreve Silva Leandro, técnico em contabilidade especializado no atendimento ao microempreendedores individuais (MEIs) em analogia é à onda bastante recente de clínicas de saúde popular. Ele faz questão de lembrar que é graduado em Gestão Financeira e Administração, tem MBA em Controladoria e é pós-graduado em Direito Tributário e Docência do Ensino Superior, e que trabalhar com esse nicho de mercado que não para de crescer foi uma escolha.

“Moro em Viamão e a maioria das pessoas aqui não têm como sustentar ‘um honorário’ e, mesmo assim, por ser mais humilde, nunca deixa de pagar”, salienta. O serviço prestado por Silva Leandro não conta com um grande número de clientes fixos – com contrato mensal, por exemplo. Mas sua carteira de clientes passa de 400.

Normalmente são pessoas que querem formalizar o negócio mas não têm acesso à internet ou segurança para fazerem tudo sozinha. É também gente que já tem MEI e está com alguma dificuldade para emitir as guias de pagamento, para comprovar ao banco o rendimento mensal ou que está com pendência com a Receita. Elas vão em busca da assessoria de um profissional contábil e encontram um consultor capaz de ajudá-lo na solução de questões bem pontuais.

Seu foco desde 2009 são os microempreendedores individuais, “normalmente os mais humildes”, descreve o profissional. “O número de clientes só aumenta e ainda tem muitos profissionais contábeis que não veem o potencial. Antigamente, quando eu comecei, nem os bancos queriam abrir conta ou fazer um financiamento para os MEIs. Hoje, eles tratam os MEIs como deuses”, comenta.

A pandemia, diz Leandro, revelou para muita gente desigualdades que ele mesmo já percebia. “Muitas famílias não têm acesso à internet, contam com apenas um celular para dar conta de tudo, não têm familiaridade com sistemas como o Portal do Empreendedor, não sabem emitir uma nota”, diz, ressaltando que o papel social do profissional contábil deve ser atender também a essas pessoas.

Mesmo assim, o empresário contábil não fica apenas esperando os clientes irem ao seu encontro. Com sua experiência ele também vai atrás dos empreendedores para apresentar soluções, como no caso daqueles negócios que enfrentavam dificuldades. “Eu mostrei para os empresários que uma solução podia ser fechar o negócio, indenizar corretamente os empregados e se formalizar como MEI”, explica.

Para o especialista, o mais importante é que as pessoas acessem à modalidade do microempreendedor individual e estejam formalizadas para a garantia da sua sobrevivência. “E para isso procurem um profissional contábil. Só nós podemos comprovar sua movimentação financeira na hora de buscar um financiamento, colaborar com a organização da sua conta pessoa jurídica e apresentar soluções ao negócio”, pontua.

FONTE: https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/cadernos/jc_contabilidade/2020/10/760441-meis-crescem-em-meio-a-pandemia.html

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Crédito para pequenas empresas alcança maior patamar em dois anos.

O saldo de crédito para Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) somou R$ 538,7 bilhões em julho, o maior patamar em dois anos. Apesar do crescente foco no segmento, o maior risco e a lenta recuperação ainda limitam o recuo de juros na ponta.

A carteira representa um aumento de 9,1% em relação ao mesmo mês do ano passado (R$ 493,8 bilhões) e é o maior valor registrado desde julho de 2017, quando totalizava R$ 541,8 bilhões. O saldo para as grandes companhias, por sua vez, apontou uma queda de 7,2% em julho deste ano contra igual período de 2018, de R$ 928,8 bilhões para R$ 862,3 bilhões.

“Temos um ambiente com algum sinal de recuperação e o segmento de PMEs tem muito potencial. Os bancos já estão dispostos a assumir um pouco mais de risco, mas isso também deve acabar refletindo um pouco nas taxas de juros”, explicou o economista do Serviços Central de Proteção ao Crédito (SCPC Boa Vista), Vitor Meira França.

“É importante destacar, porém, que esse é um segmento que cresce pelo atual cenário do mercado de trabalho no País. Focar em MPE é uma fórmula boa para os bancos porque são os que mais estão demandando recursos. Mas é um novo perfil e não devemos ver redução de juros na ponta tão logo”, diz o professor da Saint Paul Escola de Negócios, Maurício Godói.

Bem perto das mínimas históricas, por sua vez, as taxas de inadimplência totais para pessoas jurídicas alcançaram 2,5%, queda de 0,1 ponto percentual (p.p.) ante o mesmo mês de 2018 (2,4%). Já as taxas de juros para o crédito corporativo ficaram em 15,1% ao ano (a.a.), redução de 0,8p.p. na mesma relação (15,9% a.a.).

“Retomar o crescimento econômico é um dos pontos principais para que o mercado de crédito reaja. E só quando o País tiver reação no emprego e no consumo é que poderemos considerar ainda os fatores externos, que também influenciam a confiança e impactam o crescimento do setor de crédito no Brasil”, afirmou o diretor de instituições financeiras da Fitch Ratings para América Latina, Cláudio Gallina.

Em relação ao spread observado em julho, no entanto, houve um aumento de 0,5 p.p. em comparação ao mesmo mês de 2018, de 9,1 p.p. para 9,6 p.p.. Os prazos também mostraram redução de 19,7%, de 68,7 meses para 55,2 meses.

“Ver o avanço da economia até agora é importante”, pondera Godoi. “Os spreads não devem cair no curto prazo porque a condição de risco ainda está elevada, mas o prazo das operações deve dar uma esticada, principalmente em um cenário onde o Banco Central está aumentando algumas estratégias de liquidez financeira, como a liberação do FGTS, por exemplo”, acrescenta.

Em questão das linhas que devem apresentar maior crescimento ao longo dos próximos meses, o especialista reitera as modalidades com garantias reais e operacionais. “Devemos também ter uma redução nas concessões de capital de giro e cheque especial, que acabam sendo mais arriscadas”, conclui Godoi.

Revisão para baixo

A retomada ainda moderada da economia, somada aos altos níveis de desemprego, de endividamento e de comprometimento da renda também acabaram limitando as projeções de crescimento do mercado de crédito para este ano.

A Fitch Ratings – por exemplo – revisou suas projeções do setor para baixo, de um aumento de 11% para uma alta de 7,2%. Até agora, o segmento alcançou avanço de 5,3%.

De acordo com o diretor da instituição, Claudio Gallina, as expectativas são de que mesmo com as medidas para incentivo da economia por parte do governo, o segundo semestre deste ano não demonstrará uma “volta mais intensa”.

“Outro fator que acaba influenciando é que a demanda ainda não voltou. Além disso, a reforma da Previdência, que seria um dos fatores que poderiam beneficiar, já foi muito ventilada”, disse o especialista.

Para França, é preciso que haja maior estabilidade. “O crescimento mais significativo deve vir mais a médio prazo. Ainda há espaço para os juros caírem na ponta, mas pouco. Agora, é preciso retomar consumo e produção”, completa.

Fonte: https://www.dci.com.br/economia/credito-para-pequenas-empresas-alcanca-maior-patamar-em-dois-anos-1.832978

Com melhora da confiança, 41% dos micro e pequenos empresários devem investir mais em 2019.

Diante da perspectiva de recuperação da economia, os micro e pequenos empresários do varejo e comércio têm demonstrado maior apetite para realizar investimentos em 2019. É o que aponta dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). O levantamento mostra que 41% desses empresários pretendem investir este ano, ante 35% em 2018. Por outro lado, 38% não planejam fazer qualquer tipo de movimento nesse sentido e 21% ainda não sabem o que farão.

O indicador que mede a propensão de investimento das MPEs (micro e pequenas empresas) passou de 41,4 pontos em janeiro de 2018 para 47,9 em janeiro de 2019, uma alta de 16% na comparação anual. Pela metodologia, quanto mais próximo de 100, maior a propensão para o investimento. Quanto mais próximo de zero, menor a propensão.

Entre os empresários que devem investir, seis em cada dez (60%) miram o aumento das vendas, enquanto 27% visam atender ao aumento da demanda e 25% querem adaptar sua empresa às novas tecnologias. A principal finalidade para esses recursos será a compra de equipamentos (31%). Em seguida, 26% buscam reformar a empresa e 22% ampliar seus estoques.

Na avaliação do presidente da CNDL, José César da Costa, a volta do apetite por novos investimentos reflete a melhora da confiança. “A expectativa com relação ao futuro da economia e dos negócios é de que a atividade econômica cresça com mais força este ano, impulsionando o consumo e, por consequência, o faturamento das empresas”, ressalta.

Demanda das MPEs por crédito avança 16% na comparação anual; 29% consideram processo de contratação difícil

A sondagem procurou saber o que os brasileiros esperam sobre o futuro da economia e de suas finanças. De acordo com o levantamento, 34% dos brasileiros estão otimistas a economia para os próximos meses, enquanto outros 34% se mantêm neutros, ou seja, não afirmam que as condições econômicas do país estarão melhores ou piores daqui seis meses. Já 27% disseram estar pessimistas.

Entre os que acreditam na retomada da economia, 43% não souberam dizer ao certo a razão. Para 40%, esse clima de otimismo está ligado ao fato de o cenário político se mostrar mais favorável, 12% atribuem à percepção de queda do desemprego e 11% por enxergarem uma estabilização nos preços. Na outra ponta, os pessimistas destacam os escândalos de corrupção (46%), o receio de que a inflação saia do controle (42%) e o desemprego (37%) como fatores que mais pesam.

Quando questionados sobre o que esperam para os próximos seis meses em relação às suas finanças, seis em cada dez brasileiros (61%) acham que sua vida financeira vai melhorar, contra apenas 9% que acreditam em uma piora. Há ainda 25% de entrevistados neutros.

Custo de vida assola famílias brasileiras e é principal queixa de mais da metade dos entrevistados

O ano também começa com os micro e pequenos empresários mais propensos a tomar crédito do que em 2018. Em janeiro de 2019, o indicador que mede a demanda por crédito registrou 25,1 pontos contra 21,6 pontos no mesmo mês do ano anterior, o que significa um avanço de 16%. Esse aumento dá indícios de retomada do crédito, embora de forma tímida.

Em termos percentuais, os dados indicam que 15% das MPEs pretendem contrair crédito nos próximos três meses. Em contrapartida, 67% descartam essa possibilidade – em janeiro de 2018 esse número representava 76% – e 18% ainda não sabem dizer se vão recorrer a recursos extras.

O empréstimo lidera a lista de modalidades que devem ser contratadas, com 49% das menções. Em segundo lugar vem o financiamento (17%) e em terceiro o cartão de crédito empresarial (11%). A sondagem constatou ainda que 29% consideram o processo de contratação de crédito difícil, ao passo que 22% acham fácil ou 17% não consideram nem fácil e nem difícil. Além desses, um percentual expressivo declara nunca ter contratado crédito, chegando a 29%.

Questionados sobre os entraves para contrair crédito, 60% dos que consideram a contratação difícil apontam como principais problemas a burocracia e as exigências dos bancos. Para 57%, os juros altos são um grande impeditivo. Já entre os que consideram fácil a obtenção de crédito, 49% citam o bom relacionamento com as instituições financeiras. Já 37% mencionam o fato de ter as contas em dia e 26% dizem que a documentação da empresa em ordem facilita o processo. Outros 21% apontam o tempo de existência da empresa como item importante.

“As altas taxas de juros, que ainda seguem elevadas mesmo com as quedas recentes, acabam inibindo a tomada de crédito por boa parte do empresariado. Além disso, há o desconhecimento das modalidades existentes no mercado. Muitas opções estão disponíveis, com condições e taxas menores para o segmento de MPEs “, destaca o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.

Metodologia

Os Indicadores de Demanda por Crédito e de Propensão para investimentos do Micro e Pequeno Empresário calculados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) levam em consideração 800 empreendimentos com até 49 funcionários, nas 27 unidades da federação, incluindo capitais e interior. As micro e pequenas empresas representam 39% e 35% do universo de empresas brasileiras nos segmentos de comércio e serviços, respectivamente. Acesse a íntegra do indicador e a metodologia em https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/indices-economicos.

Fonte: https://www.opresente.com.br/geral/com-melhora-da-confianca-41-dos-micro-e-pequenos-empresarios-devem-investir-mais-em-2019/

Otimismo: micro e pequenos empresários planejam ampliar vendas e investimentos

Após um cenário turbulento na economia e na política, micro e pequenos empreendedores, inclusive os mineiros, estão otimistas e apostam em um 2019 bem melhor que este ano. Pesquisa divulgada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) aponta sete em cada dez empresários mais esperançosos com a chegada do Ano Novo.

No levantamento, empreendedores listaram a corrupção, as altas taxas de juros e o elevado índice de desemprego como os principais vilões para a economia neste ano.

“O resultado da eleição mostrou que o brasileiro, de um modo geral, não tolera mais a corrupção. E isso também se reflete nos pequenos negócios, que representam a grande força da nossa economia. Prova disso é que estes empresários apostam na mudança no governo e em crescimento de vendas para o próximo ano”, analisa o presidente do Sebrae, Guilherme Afif Domingos.

“Essa crise está durando muito mais que outras, porque, além do problema econômico e político, há a crise moral junto. Acredito que o primeiro motivo para o otimismo com a economia é o fato de a crise política estar minimizada, porque já passamos a eleição e o mercado acalmou”, avalia Sônia Jordão, consultora de empresas e coach empresarial de finanças.

Segundo ela, como nesses últimos anos todo mundo ficou com maior receio de perder o emprego, a tendência foi segurar mais o dinheiro.
“Quando começam a falar que as coisas vão melhorar, ocorre o inverso e as pessoas voltam a consumir e as empresas passam a investir mais”, diz.

Sócio-diretor da galeria Periscópio Arte Contemporânea, no bairro de Lourdes, em Belo Horizonte, Rodrigo Mitre já faz uma projeção otimista para o ano que vem.

“A expectativa é de crescimento entre 40% e 50% do faturamento em comparação a 2018. Claro, somos uma empresa ainda muito jovem, entrando no quarto ano de vida, mas com um trabalho se consolidando no mercado nacional”.

Mitre afirma que está na fase da construção do valor da Periscópio, mas que as possibilidades para 2019 são realmente de crescimento.

“Estamos investindo muito em pesquisas na área da comunicação digital. A ideia é ampliar nossas vendas via redes sociais e plataformas digitais. Outra questão são novas praças fora de Belo Horizonte. Já somos bem conhecidos em São Paulo e queremos agora começar a entender nossa aderência em regiões como Rio de Janeiro e Brasília”, conta.

Ângela Mathylde, diretora da clínica Aprendizagem e Companhia, especializada em prevenção, reabilitação e desenvolvime[/TEXTO]nto pessoal ou profissional, atribui à crise a queda na receita da empresa em 2018.

“Neste ano, faturamos 50% apenas do que foi registrado em 2017. Antes, por mês, eram cerca de R$ 200 mil a R$ 300 mil. Já neste ano, a receita por mês foi em média de R$ 100 mil”, disse .

Com unidades em Belo Horizonte e em Betim, na região metropolitana, a diretora da clínica vê perspectivas de um mercado mais seguro em um futuro próximo e indica os rumos para voltar a crescer em 2019.

“As parcerias são fundamentais nesse processo. Agora a clínica vem trazendo um laboratório de pesquisa que vai fazer atendimento de qualidade a baixo custo para a sociedade. Outra coisa são parcerias com faculdades nacionais e internacionais, trazendo mestrado, doutorado e formação a um custo acessível. Também vamos continuar a investir na formação e capacitação dos profissionais”.

Fonte: https://www.hojeemdia.com.br/primeiro-plano/otimismo-micro-e-pequenos-empres%C3%A1rios-planejam-ampliar-vendas-e-investimentos-1.682580

Confiança da micro e pequena empresa cresce 15% em novembro, dizem CNDL e SPC

A confiança da micro e da pequena empresa avançou 15% em novembro em relação a outubro, segundo levantamento feito pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e SPC Brasil. O indicador que mede este sentimento dos empresários subiu a 61,8 pontos, o maior valor da sua série histórica iniciada em 2015 e quando foi registrado 36,6 pontos.

Para 76% dos empresários, a expectativa é de melhora na economia nos próximos meses, sendo que 78% estão otimistas com futuro da empresa. Considerando apenas o componente da confiança, que mede as expectativas para os próximos seis meses, o indicador passa de 62,6 pontos em outubro para 74,8 pontos em novembro.

A escala varia de zero a 100, sendo que resultados acima de 50 pontos refletem confiança e, abaixo dos 50 pontos, refletem desconfiança com os negócios e com a economia.

Para o presidente da CNDL, José César da Costa, os dados mostram que o bom humor da maioria dos empresários é resultado das perspectivas de mudanças, que podem melhorar o ambiente de negócios. “Com definição do quadro eleitoral, há uma redução nas incertezas à medida que o novo governo anuncia seus projetos para o país”, analisa.

O Indicador de Confiança da Micro e Pequena Empresa é formado pelo Indicador de Condições Gerais, que mede a percepção dos entrevistados sobre a performance da economia e de seus negócios nos últimos seis meses e pelo Indicador de Expectativas, que mensura as perspectivas que eles aguardam para o horizonte de seis meses. De acordo com o levantamento, 76% dos empresários estão confiantes no desempenho da economia nos próximos meses e oito em cada dez mostram-se otimistas com futuro da própria empresa.

Perspectivas

Se o ano de 2018 frustrou a maioria dos empresários, o indicador mostra que as perspectivas para o futuro são bastante positivas. Em termos percentuais, o número de micro e pequenas empresas (MPEs) confiantes com a retomada da economia deu um salto expressivo de 44% em outubro para 76% em novembro. Apenas 8% disseram estar pessimistas.

Segundo a CNDL e a SPC Brasil, entre os que se mostram confiantes, 57% dizem que a principal razão para esse otimismo é o cenário político mais favorável. Em outubro passado, esse índice era de 23%. Além desses, 24% não apontaram um motivo específico e 18% atribuem ao fato de alguns indicadores estarem melhorando, como inflação e atividade econômica, que cresce, embora em ritmo lento.

Há também uma expectativa favorável quando se avalia o próprio negócio, que subiu de 57% para 78% no mesmo período. Entre esses empresários, 35% justificam sua opinião dizendo que a economia dá sinais de melhora, enquanto 27% não têm um motivo específico, 24% atribuem ao fato de fazer uma boa gestão e 24% por estar investindo no próprio negócio. Somente 5% declararam pessimismo.

Questionados sobre o faturamento esperado para os próximos seis meses, a maioria dos micro e pequenos empresários respondeu que aposta em crescimento. Essa é a expectativa atual de 66% dos micro e pequenos empresários ante 48% em outubro. Outros 27% acreditam que a receita não deve sofrer alteração e somente 3% acham que irá cair.

“Os números reforçam melhores perspectivas para o comércio, mas de maneira cautelosa, principalmente quando se olha a avaliação do momento presente”, observou o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior. De acordo com ele, ainda há espaço para a melhora da confiança, mas isso requer que as medidas econômicas apresentadas sejam de fato concretizadas.

Avaliando os últimos seis meses, o porcentual dos que notaram uma piora na economia ficou estável, em 46% em outubro e em novembro. O mesmo se observa com relação aos negócios, onde 32% perceberam uma piora em outubro, mesmo porcentual observado em novembro.

Para os que ainda se mantêm pessimistas quanto ao cenário econômico atual, 76% dos entrevistados, a principal razão é o fato de as vendas terem diminuído. Por outro lado, 21% avaliam que houve uma recuperação no cenário econômico e 29% enxergam uma melhora nos negócios – aumento de 5% em relação a outubro em ambos os casos.

No levantamento, também se destaca o aumento dos preços, apontado por 33% dos entrevistados, e o crescimento da inadimplência, para 16%. Outro dado mostra que, diante de uma atividade econômica ainda lenta, 43% dos entrevistados avaliaram que o desempenho das vendas foi bom no mês anterior. Número parecido ao registrado em outubro, que ficou em 39%.

Fonte: https://www.em.com.br/app/noticia/economia/2018/11/27/internas_economia,1008430/confianca-da-micro-e-pequena-empresa-cresce-15-em-novembro-dizem-cnd.shtml

33% DOS PEQUENOS EMPRESÁRIOS DEVEM INVESTIR NOS PRÓXIMOS TRÊS MESES, APONTA SPC e CNDL.

Dados apurados pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) mostram que o Indicador de Demanda por Investimento avançou 6,4 pontos em 12 meses, passando de 34,3 pontos em fevereiro de 2017 para 40,7 pontos em fevereiro de 2018. Apesar do crescimento, o resultado ainda é considerado modesto. Quanto mais próximo de 100, maior o apetite para promover investimentos nos próximos três meses; quanto mais distante, menor é o apetite.

Em termos percentuais, um terço (33%) dos micro e pequenos empresários do comércio e serviços manifestaram a intenção de promover investimentos em suas empresas no horizonte de 90 dias. Já a quantidade de empresários que não pretende investir chegou a 48% em fevereiro de 2018 – entre estes, a maioria (38%) diz não ver necessidade, 32% mencionam o fato de o país ainda estar em crise e 18% não pretendem investir por falta de recursos e/ou crédito. Por outro lado, entre os que pretendem investir, a maior parte (53%) visa o aumento das vendas, seguido por atender a demanda que aumentou (21%) e para adaptar a empresa a uma nova tecnologia (20%).

“A partir do momento em que observarmos maiores quedas reais dos juros e um ambiente econômico mais estável, haverá certamente um estímulo maior para investimentos nas empresas”, afirma o presidente da CNDL, José Cesar da Costa. “Infelizmente, o ritmo de melhora da confiança ainda é lento, mas esse é mais um dos sinais que mostram que os setores do comércio e serviços vislumbram um ano com vendas melhores e movimento mais aquecido”, explica.

Compra de equipamentos, reforma da empresa e ampliação de estoque lideram ranking de investimentos.

Entre os micro e pequenos empresários que pretendem investir nos próximos três meses, os investimentos prioritários serão compra de equipamentos e maquinário (26%), reforma da empresa (24%), ampliação de estoque (20%) e investimentos em comunicação e propaganda (13%).

A principal fonte de recursos para o investimento é o capital próprio, seja por meio de recursos guardados em forma de aplicação (48%) ou venda de algum bem (15%). Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a opção pelo capital próprio deve-se ao fato de os juros bancários serem muito altos e do conhecimento escasso acerca das modalidades de crédito disponíveis. “Apesar da Selic estar em um piso histórico, os juros continuam altos para consumidores e empresários e estes ainda não se sentem confortáveis para recorrer ao mercado de crédito para a realização de investimentos, preferindo apelar a recursos que eles próprios já possuem”, explica a economista.

De acordo com a sondagem, ao serem questionados sobre o motivo de utilizar capital próprio para investir no negócio, a maioria desses empresários apontou que os juros bancarios são muito altos (51%) e outros 13% apontaram o medo de não conseguir pagar o crédito tomado.

Somente 10% dos empresários têm intenção de contratar crédito nos próximos três meses

Outro dado apurado pelo SPC Brasil é a intenção de tomada de crédito entre os micro e pequenos empresários do comércio e serviços. Nesse caso, os números também mostram uma melhora. No último mês de fevereiro, o Indicador de Demanda por Crédito MPE teve um avanço de 3,8 pontos, passando dos 16,2 pontos na escala observados em fevereiro do ano passado para 20,0 pontos em fevereiro de 2018. Mesmo com o crescimento, o resultado também é tímido.

Em termos percentuais, apenas 10% dos micro e pequenos empresários manifestaram a intenção tomar recursos emprestados de terceiros nos próximos três meses. Entre estes, as principais finalidades são formar capital de giro (47%), compra de equipamentos (18%), compra de estoque ou insumo (14%) e ampliação do negócio (14%).

A modalidade de crédito mais procurada deve ser o empréstimo, mencionado por quatro em cada dez (43%) entrevistados. Em seguida surgem os financiamentos (21%) e o desconto em duplicatas (8%). Em média, o valor do crédito a ser tomado será de R$ 55.683.

Já os que não pretendem tomar crédito somam 76% dos pequenos empresários consultados. Para metade, a justificativa para não contratar é o fato de conseguir manter o negócio com recursos próprios (50%). No entanto 32% consideram as taxas de juros muito altas e 21% estão inseguros com as condições econômicas do país.

A maior parte dos micro e pequenos empresários (34%) diz considerar a contratação de crédito algo difícil, principalmente pelo excesso de burocracia (55%) e juros altos (48%). A contratação de empréstimo em instituições financeiras é o tipo de crédito mais difícil de ser contratado (29%) na opinião dos entrevistados, seguido dos financiamentos em instituições financeiras (23%) e do crédito junto a fornecedores (12%). Para quem acha a contratação algo descomplicado (29%), o bom relacionamento com o banco é a razão mais lembrada (55%).

https://www.administradores.com.br/…/33-dos-pequeno…/124040/