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Primeiro trimestre de 2023 reflete bom desempenho das micro e pequenas indústrias

No primeiro trimestre de 2023, as micro e pequenas empresas (MPEs) tiveram desempenho positivo. O resultado foi acima da média esperada para o período. E também acima da média histórica. Os dados são do Panorama da Pequena Indústria, uma pesquisa trimestral da CNI (Confederação Nacional da Indústria).

No primeiro trimestre de 2023, o Índice de Desempenho das Indústrias de Pequeno Porte registrou média de 44,0 pontos, resultado que pode ser considerado positivo quando comparado ao desempenho médio para primeiros trimestres (42,6 pontos) e mesmo quando comparado à média histórica (43,8 pontos).

A analista de Políticas e Indústria da CNI, Paula Verlangeiro, explica que o índice do primeiro trimestre foi puxado por março, que registrou 46,6 pontos. “O primeiro bimestre (janeiro e fevereiro) normalmente são meses mais desacelerados então março veio mais positivo e acabou puxando esse resultado do trimestre pra cima”. Ela acrescenta que o Índice de Desempenho analisa as questões de produção, número de empregados e a utilização da capacidade instalada dos industriais.

Para o economista Fernando Carvalho Dantas, isso se deve possivelmente aos efeitos dos últimos meses do ano de 2022, que, segundo ele, foram muito bons para o setor. Dantas reforça que as pequenas indústrias desempenham um papel fundamental na economia brasileira. “Elas se integram em cadeias produtivas que normalmente se compõem de outras empresas que geram um efeito multiplicador e que acabam sendo bastante importante na geração de riquezas para o país”.

O presidente da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa, deputado Jorge Goetten (PL-SC), acredita que o cenário relativamente positivo vai além. “Vários fatores contribuíram para a melhora no desempenho, como o espírito empreendedor do brasileiro no comércio, na indústria e em outros setores e a retomada das atividades pós-pandemia, que possibilitaram o aquecimento da economia permitindo que o dinheiro voltasse a circular.”

Sobre o Panorama da Pequena Indústria

O Panorama da Pequena Indústria elenca quatro indicadores: desempenho, situação financeira, perspectivas e índice de confiança. Todos os índices variam de 0 a 100 pontos. Quanto maior ele for, melhor é a performance do setor.

A composição dos índices leva em consideração itens como volume de produção, número de empregados, utilização da capacidade instalada, satisfação com o lucro operacional, situação financeira, facilidade de acesso ao crédito, expectativa de evolução da demanda e intenção de investimento e de contratações. Além disso, a pesquisa também traz o ranking dos principais problemas enfrentados pelas MPEs em cada trimestre.

A pesquisa é divulgada trimestralmente com base na análise dos dados da pequena indústria levantados na Sondagem Industrial, na Sondagem Indústria da Construção e no Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI). Todos os meses, as pesquisas ouvem cerca de 900 empresários de empresas de pequeno porte.

Fonte: Brasil 61 – https://brasil61.com/n/primeiro-trimestre-de-2023-reflete-bom-desempenho-das-micro-e-pequenas-industrias-pind233965

Primeiro trimestre fecha com melhoria nas condições do crédito para os pequenos negócios

A oferta de crédito para os pequenos negócios ficou menos restritiva e apresenta uma tendência de melhora, segundo aponta levantamento do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), a partir dos indicadores da Pesquisa Trimestral de Condições de Crédito. O trabalho, realizado pelo Banco Central, foi feito com base nos três primeiros meses de 2019. A tendência de melhoria vem se registrando desde 2016, mas os números positivos só passaram a ser observados a partir deste ano. Entretanto, a o levantamento também mostra que a demanda pelo crédito teve um pequeno recuo no mesmo período.

De acordo com dados do BC, os indicadores começam a mostrar uma recuperação no mercado de crédito, aparentemente para toda a economia. Os números também são favoráveis quando se trata de oferta e de aprovações que, mesmo em níveis ainda baixos, já são maiores do que os observados em toda a série histórica dos indicadores. Apesar da redução na força da demanda por crédito por parte das micro e pequenas empresas, entre dezembro do ano passado e o primeiro trimestre de 2019, os índices ainda são bons. “As taxas de juros também vem caindo desde 2017”, observa o especialista do Sebrae, Giovanni Bevilaqua.

Com os indicadores favoráveis, a tendência é de melhora nos próximos meses, o que poderá ser confirmado no próximo trimestre que termina em junho. Além disso, houve um aumento nas aprovações de crédito pelo Sistema Financeiro Nacional (SFN), um fato que vem sendo registrado desde 2016. Isso foi observado em 2018 em relação às corporações de grande porte, enquanto que para os pequenos negócios ocorreu somente a partir de 2019.

O último ponto a ser considerado é o expresso pelo indicador de aprovações de crédito por parte do Sistema Financeiro Nacional. As aprovações de crédito para todos os portes vêm aumentando continuamente desde 2016, mas somente em 2018 é que os números passaram ao terreno positivo para as grandes empresas. Já para as micro, pequenas e médias empresas o mesmo ocorreu somente a partir do último mês de janeiro.

A modalidade de crédito mais utilizada pelos Microempreendedores Individuais (MEI) é o uso do cheque especial. Entre 2012 e 2018, essas operações somaram R$ 7 bilhões, seguidas do capital de giro (5,8 bilhões) e do desconto de cheque (R$ 3,6 bilhões). A taxa média de giro foi bastante elevada neste mesmo período, chegando a mais de 242% ao ano em créditos por adiantamento a depositantes, uma modalidade superior ao cheque especial, que somou de 226% ao ano.

Assessoria de Imprensa Sebrae Telefone (61) 3348-7570 / (61) 3348-7754

Fonte: www.agenciasebrae.com.br/sites/v/index.jsp?

BC: 2018 foi ano de recuperação do crédito, para pessoa física e jurídica.

Brasília – O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, destacou nesta terça-feira, 29, que o crescimento de 5,5% no mercado de crédito bancário em 2018 ocorreu após dois anos seguidos de contração do estoque total de empréstimos, em 2016 e 2017. “O movimento é mais destacado no crédito para pessoas físicas, que cresceu 8,6% no ano. Para pessoas jurídicas, houve crescimento de 1,9%. Então podemos dizer que 2018 foi um ano de recuperação de crédito”, avaliou.

Segundo Rocha, o desempenho no ano passado foi puxado pelas operações no crédito livre, que cresceu 11,2% – maior alta desde 2012.

Nesse recorte, os crescimentos para pessoas físicas e jurídicas foram equivalentes, com aceleração no crédito para as empresas. “Para pessoas jurídicas, é relevante ressaltar o desempenho do capital de giro e nas operações de comércio exterior. Para pessoas físicas, o destaque foi o crédito pessoal e para a aquisição de veículos”, acrescentou.

Já o crédito direcionado apresentou recuo pelo terceiro ano seguido, com queda de 0,6% em 2018. “Mas uma retração menor que a dos anos anteriores sinaliza que o crédito direcionado caminha para uma estabilização, para deixar de cair”, ponderou Rocha. “Desde agosto do ano passado já é possível observar uma trajetória de crescimento”, apontou.

Segundo ele, o recuo do crédito direcionado, sobretudo por parte do BNDES, já tem sido compensado por outras modalidades de crédito ou mesmo pelo mercado de capitais. “O crescimento das operações livres de aquisição de veículos por pessoas jurídicas é um exemplo disso”, completou.

Proporção do PIB
O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central admitiu que a alta do estoque de crédito em proporção do Produto Interno Bruto (PIB) de 47,2% em 2017 para 47,4% em 2018 é um crescimento pequeno. “O importante é que a redução da relação crédito/PIB se interrompeu em 2018”, argumentou. “Para pessoas físicas, já é possível notar uma trajetória de crescimento”, completou.

O saldo de operações para pessoas físicas encerrou 2016 em 24,9% do PIB, chegou a 25,2% do PIB no fim de 2017 e finalizou o ano passado em 26,1% do PIB. “A questão me parece mais circunscrita ao crédito direcionado, especificamente para empresas”, afirmou.

O crédito para pessoas jurídicas encerrou 2016 em 24,7% do PIB, caiu a 22% do PIB no fim de 2017 e finalizou o ano passado em 21,4% do PIB. “Pode haver uma tendência cíclica no aumento da emissão de debêntures no mercado de capitais, mas a redução da participação do BNDES me parece um movimento mais longo”, avaliou.

Capital de giro
O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central destacou o crescimento de 2,2% no saldo de crédito para capital de giro com recursos livres em dezembro. “Essa linha vinha com saldos negativos mês após mês, e em dezembro virou para positivo”, apontou.

Segundo Rocha, as linhas de desconto de duplicatas e antecipação de faturas têm um componente sazonal bastante marcado no fim do ano. “Todo dezembro cresce contra novembro, e em janeiro volta a haver redução”, explicou. “Mas na comparação entre dezembro de 2018 e dezembro de 2017, sem efeitos sazonais, houve crescimento relevantes nessas linhas”, detalhou.

Ele também destacou o crescimento de 62,4% na linha de aquisição de veículos por pessoas jurídicas com recursos livres em 2018. Em valores, o salto foi superior a R$ 10 bilhões no ano. “Isso mostra a transferência de operações antes atendidas pelo BNDES no crédito direcionado para o crédito livre”, repetiu.

Fonte: https://exame.abril.com.br/economia/bc-2018-foi-ano-de-recuperacao-do-credito-para-pessoa-fisica-e-juridica/

Mercado financeiro mantém projeção para o crescimento do PIB em 2019

As primeiras projeções do mercado financeiro divulgadas no governo de Jair Bolsonaro (PSL) mostram que não há muita mudança nas perspectivas para o crescimento econômico do País.

A mediana das expectativas das instituições financeiras para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2019 passaram de 2,55%, no último Boletim Focus do Banco Central (BC) do ano passado, para 2,53%, na divulgação de ontem.

Analistas consultados afirmam que a previsão do mercado considera que a reforma da Previdência Social seja aprovada este ano. Além disso, destacam que dificilmente, o PIB cresça acima de 2,5%.

“Teríamos que estar em um cenário muito positivo”, diz Victor Candido, economista-chefe da Guide Investimentos. “O desemprego, por exemplo, está muito elevado e ele vai demorar para cair. A criação de emprego vem depois que a atividade econômica começa a crescer. Existe uma defasagem”, acrescenta.

Por conta disso, Candido explica que o consumo das famílias, que responde por 63,4% do PIB, não deve surpreender positivamente este ano. As despesas do governo, por sua vez, que são 20% do PIB, também não irão registrar muita expansão, tendo em vista o cenário de restrição fiscal. “O único motor da economia, portanto, será os investimentos, que dependem da confiança das empresas”, diz Candido.

A projeção de PIB do analista está em linha com a mediana do mercado (2,5%), sendo que o piso é de 1%. Isso significa que se a economia não crescer este ano, já temos uma herança estatística positiva de 1% oriunda de 2018.

Reformas

A confiança, por sua vez, depende do andamento das reformas, tanto no Congresso Nacional, como as infraconstitucionais (que não precisam de aprovação no Congresso) avalia o economista da Modalmais, Alvaro Bandeira.

Na avaliação de Bandeira, é preciso ter celeridade na aprovação das reformas para que a atividade econômica volte a reagir de forma mais rápida. “Quanto mais cedo e mais profunda for a aprovação da reforma da Previdência Social, mais segurança jurídica você cria, o que, consequentemente, encoraja as empresas a investirem”, comenta Alvaro Bandeira.

De acordo com o economista da Modalmais, o mais acertado seria aprovar a reforma que já está no Congresso, formulada durante o governo de Michel Temer (MDB).

Já na leitura do economista do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Lauro Chaves Neto, veremos mudanças mais significativas nas projeções a partir de fevereiro, período que o Congresso volta às suas atividades. Na avaliação de Chaves, mesmo com uma aprovação da reforma da Previdência este ano, efeitos mais significativos nos investimentos serão vistos em 2020.

“Existe uma defasagem entre a melhora da confiança e quando o empresário começar a investir, contratar mais de mão de obra”, diz Chaves.

Já em relação ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do País, a mediana das expectativas do mercado ficou estável: alta de 4,01% para 2019 e de 4,00% para 2020.

Diante de uma inflação baixa e de uma fraca atividade econômica, o mercado cortou a projeção para a taxa básica de juros (Selic) de 2019 de 7,13%, para 7,00% ao ano. Há um mês, estava em 7,50%.

Já a projeção para a Selic no fim de 2020 seguiu em 8,00%.

Fonte: http://www.sinfacsp.com.br/noticia/mercado-financeiro-mantem-projecao-para-o-crescimento-do-pib-em-2019-dci

SÃO PAULO CONTINUA COMO CIDADE MAIS EMPREENDEDORA DO PAÍS

São Paulo lidera ranking de cidades empreendedoras; Rio e Curitiba avançam, e estudos da Endeavor mostra evolução expressiva da capital fluminense e da paranaense.

SÃO PAULO – A cidade de São Paulo segue liderando o Índice de Cidades Empreendedoras (ICE) no Brasil, mas houve movimentações expressivas no ranking ao longo de 2017. A 5ª edição do estudo conduzido pela Endeavor, organização internacional de apoio ao empreendedorismo de impacto, mostra a evolução do Rio de Janeiro, que saltou da 14ª colocação para a 6ª posição. Ainda mais em evidência no ecossistema empreendedor está Curitiba, que subiu 11 postos e alcançou o 4º lugar.

Atrás de São Paulo estão Florianópolis, que já estava na 2ª posição no ranking anterior, e Vitória. Todas as dez primeiras cidades no estudo são das regiões Sul e Sudeste, enquanto as dez últimas colocadas se concentram na regiões Norte e Nordeste.

O levantamento considera 32 cidades de 22 estados do País. Essas cidades representam cerca de 40% do Produto Interno Bruto (PIB) e são avaliadas em mais de 50 critérios, organizados em sete pilares: acesso a capital, ambiente regulatório, capital humano, cultura empreendedora, infraestrutura, inovação e mercado.

O salto da capital fluminense se deu principalmente pela evolução no pilar Infraestrutura, que considera o transporte interurbano e as condições urbanas. A cidade subiu 13 posições em relação ao ano anterior e agora se encontra atrás somente de São Paulo e Sorocaba (SP).

Em Curitiba, houve melhora significativa em dois aspectos: ambiente regulatório, subindo 21 posições em relação à edição anterior, e capital humano, saltando da 7ª para a 3ª colocação. Entre as 32 cidades, a região conta com o maior índice entre os adultos com pelo menos ensino médio completo e também com a maior taxa de alunos matriculados no ensino médio na idade certa, entre 15 e 17 anos.

No quesito ambiente regulatório, a região Nordeste está em destaque. Aracaju, primeira colocada em 2016, permanece nesta posição. O grande destaque foi Fortaleza, que saiu da 32ª posição para a segunda. Este indicador considera itens como os prazos para abrir uma empresa e para regularizar um imóvel.

O avanço de Fortaleza se deu principalmente por conta da adoção do Alvará de Construção Online, emitido pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma) em sua plataforma. Pela internet, o empreendedor pode conseguir a liberação imediata de alvarás, no caso da construção de empreendimentos com até 750 metros quadrados.